Algumas pessoas têm mais chances de desenvolver as formas graves da Covid-19, infecção respiratória causada pelo novo coronavírus, do que outras. Apesar de não serem as únicas afetadas e os estudos sobre o assunto ainda estarem em andamento, há pessoas em grupos considerados de maior risco para a doença.
"Nem sempre é possível explicar exatamente por que um fator de risco é um fator de risco", afirma Gerson Salvador, infectologista associado da Sociedade Paulista de Infectologia. Esses grupos são formados ao se comparar os pacientes mais graves aos que apresentam casos mais leves.
Gerson afirma que quanto mais saudável uma pessoa for, sem doenças crônicas e com a capacidade intelectual e física adequadas, maior é a chance para sobreviver às doenças.
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Roberto Muniz Júnior, infectologista do hospital Albert Einstein, ressalta que a minoria dos pacientes que contraem a Covid-19 precisa de internação. "Cerca de 80% das pessoas não vão ter nada ou algo tranquilo."
Segundo o Ministério da Saúde, pessoas acima dos 60 anos, associadas ou não, com cardiopatias graves (doenças que afetam o coração), pneumopatias graves (que afetam o pulmão), imunodepressão (que têm o sistema de defesa do corpo menos eficiente), doenças renais crônicas em estágio avançado, diabetes e gestação de alto risco podem desenvolver complicações.
Ainda não há uma prevenção específica para Covid-19. Logo, a recomendação é higienizar as mãos, ter etiqueta respiratória e cumprir o isolamento social. O médico lembra que pessoas com doenças crônicas bem tratadas, que tomam os remédios, têm menos chances de desenvolverem estágios graves.