Foi de uma experiência própria que Julia Gabrielly decidiu ressignificar o acesso à informação sobre o ingresso na universidade. “Tive a experiência de estudar em dois tipos de colégios públicos em Londrina: os de bairro e os do centro. Quando estudei em colégio de bairro não sabia o que era vestibular, para que servia a faculdade. As pessoas que estudavam comigo tinham muitas perspectivas sobre a vida, mas a faculdade - na maioria dos casos - não era considerada”, relata.
Situação diferente quando passou a frequentar o ensino médio em escolas da área central. “Percebi uma grande diferença de realidades. Muitos amigos faziam cursinho, estavam estudando para o vestibular e planejando o futuro”, afirma a estudante do segundo ano do curso de arquitetura e urbanismo da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
Pensando justamente em transformar essa realidade, a jovem propôs na instituição de ensino superior o projeto “Integra UEL”, que hoje reúne um docente e cerca de 60 estudantes de arquitetura, design gráfico, design de moda e artes visuais. A iniciativa visa visitar gratuitamente colégios públicos da cidade, principalmente em locais carentes, para explicar sobre o vestibular, feira de profissões, cursinho gratuito, como utilizar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e tudo o que a educação pode oferecer antes, durante e depois da graduação.
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“Pretendemos também fazer um aulão da prova de habilidades específicas para os alunos que demonstrarem interesse em cursar um dos cursos que possui essa prova. Esse aulão pode abranger além das escolas, cursinhos gratuitos. Pretendemos abrir para todos”, projeta.
Troca de experiências
A proposta é que cada escola interessada em acessar essas informações por meio do projeto receba um grupo de estudantes da UEL, para que haja a troca de experiências e as dúvidas sejam sanadas.
Leia mais sobre o projeto na Folha de Londrina: