A reforma dos equipamentos de cultura e a retomada das obras do Teatro Municipal, parada há uma década, estão na pauta da nova administração municipal.
A intenção do novo governo de ter um olhar mais atento à cultura londrinense é vista com otimismo pela presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Londrina, Vanda Moraes. “Na última administração não tivemos os encaminhamentos no sentido de realizar as obras”, afirmou Vanda, se referindo, principalmente, à reforma do Teatro Zaqueu de Melo.
Apesar deste aceno de recuperação dos equipamentos, o orçamento da Secretaria de Cultura não possui recursos para essas obras. O secretário Marcos Antônio Castri, o Marcão Kareca, afirmou que tem “boas perspectivas com o apoio de verbas federais. A intenção é utilizar recursos federais, tal como está sendo feito com a retomada das obras do Museu de Artes de Londrina”, resume o secretário.
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O Teatro Zaqueu de Melo está fechado desde 2017. Na época, uma vistoria do Corpo de Bombeiros apontou a necessidade de uma série de adequações às normas de segurança. “Faltava tratamento antichamas em alguns pontos, saídas de emergência, por exemplo. O prédio é histórico e ao longo dos anos não se adequou às novas normas de segurança”, recorda o ex-secretário de Cultura do governo Marcelo Belinati, Caio Julio Cesaro (2017-2021).
O Clube de Engenharia e Arquitetura doou para o município o projeto de restauro e acessibilidade do Teatro Zaqueu de Melo, na época a reforma estava estimada em R$ 600 mil. Mas como o teatro está anexo ao prédio da Biblioteca Municipal, os Bombeiros exigiram um projeto que abrangesse a biblioteca, o que travou a reforma do Zaqueu.
“Eu fechei o Zaqueu, primeiro porque os Bombeiros deram um ultimato diante da dimensão do risco e porque entendi que havia outros espaços que podiam atender a demanda da cidade. A expectativa era fechar, arrumar recursos rápidos e retomar o espaço”, afirmou o ex-secretário Cesaro.
A Câmara de Vereadores aprovou na época uma emenda de 1,7 milhões para a Secretaria de Cultura para viabilizar a reforma no teatro, mas outras obras prioritárias surgiram ao longo do caminho, como a urgência na reforma do telhado e da calçada da Biblioteca e mais uma vez o Zaqueu ficou em modo de espera.
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