As bebidas alcoólicas tornam o trânsito perigoso não apenas se consumidas por condutores de automóveis e motocicletas, mas, mesmo para ciclistas e pedestres que venham a fazer o uso da substância, alerta o médico legisla do IML (Instituto Médico Legal) de Londrina, Paulo Vilaça.
Conforme as estatísticas divulgadas nesta quarta-feira (5), a presença de álcool foi detectada em exames toxicológicos de 11% das vítimas fatais de acidentes de carro; 13,9% relativos a motos e 25% dos casos envolvendo ciclistas e atropelamentos.
De acordo com Vilaça, o consumo de álcool – ou mesmo de outras drogas – causa prejuízos na percepção e análise do ambiente, porque afeta a visão, a audição e a motricidade. “Então, dependendo do nível de álcool que a pessoa ingeriu, a percepção de distância é perdida. Ela pode até ver o veículo parado [à frente], mas não consegue calcular e freia com muito mais atraso do que deveria. E aí, ocorre uma colisão”, exemplifica.
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Entretanto, o estado de embriaguez influencia até mesmo a ação do pedestre e do ciclista no trânsito. “Se o pedestre ou o ciclista está embriagado, nós confiamos ali também bastante, qualquer um, ele vai ter uma percepção errada ou alterada do que está acontecendo. E aí, se sujeita mais a ser abalroado”, diz.
Desenvolvimento de políticas públicas
A divulgação das estatísticas do IML é uma forma de tentar conscientizar a população sobre a importância de respeitar a legislação, principalmente no que se refere aos limites de velocidade, além de propor dados para auxiliar na implementação de políticas públicas para a segurança no trânsito. “Não adianta essas informações ficarem apenas conosco”, diz o médico.
A proposta é levar as informações ao prefeito Tiago Amaral (PSD) para ajudar nas políticas de trânsito. A apresentação mostrou que medidas simples, como o estreitamento de vias para a travessia de pedestres, por exemplo, além de reduzir as chances de atropelamento, naturalmente reduz a velocidade dos veículos.
O mesmo levantamento deve ser feito em relação às outras cidades atendidas pelo IML de Londrina, para que as prefeituras possam, também utilizar as informações para o planejamento viário local.
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