A Segunda Sem Carne é um movimento bastante popular, presente em mais de 40 países, incluindo o Brasil, que visa diminuir o consumo de alimentos de origem animal em prol do meio ambiente. O tema divide opiniões e gera muitas dúvidas sobre os prejuízos de excluir esse tipo de proteína da alimentação. Para esclarecer mitos e verdades que abrangem as alimentações vegana e vegetariana, o Nutricionista do WW Vigilantes do Peso, Matheus Motta, analisou a veracidade de três informações sobre o movimento que circulam no mundo todo.
Quem é vegano ou vegetariano é mais saudável do que quem consome alimentos de origem animal
Depende. O comparativo entre quem se alimenta à base de plantas e quem opta por consumir ingredientes de origem animal e vegetal precisa levar em consideração a qualidade da alimentação. "Uma dieta sem carne e outros derivados animais não trará benefícios se a pessoa optar pelo consumo de alimentos processados e pobre em nutrientes”, explica Matheus. "Muitas vezes, isso ocorre por falta de informação e acompanhamento profissional. Alguns alimentos caem no gosto das pessoas por não conterem ingredientes de origem animal e serem práticos e rápidos, sendo que são altamente industrializados e processados". Segundo o Nutricionista, o ideal é consumir alimentos mais naturais, combinando verduras, leguminosas e grãos para garantir o aporte adequado de nutrientes.
Quem é vegano não come proteína suficiente
Mito. A proteína está presente em diversos alimentos de origem vegetal, principalmente leguminosas – como soja, grão de bico e todos os tipos de feijão. O Nutricionista ressalta a importância de combiná-los entre si para garantir a quantidade necessária do nutriente, prevenindo a perda de massa muscular e baixa imunidade. "A combinação do arroz com feijão, que é a base da alimentação brasileira, garante todos os aminoácidos essenciais para que o nosso corpo faça a síntese proteica”, comenta Motta. Por isso, é importante manter uma alimentação o mais diversa possível, contemplando ao máximo todos os grupos alimentares.
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Veganos e vegetarianos sofrem com deficiência de micronutrientes
Depende. No caso da vitamina B12, por exemplo, é necessário fazer suplementação, já que ela está majoritariamente presente em alimentos de origem animal. Mas Matheus reforça a importância de fazer um acompanhamento profissional. "Ao aderir a cardápios exclusivamente veganos, é importante contar com o acompanhamento de um médico e/ou nutricionista, além de realizar exames de rotina”, explica. "Isso ajuda a acompanhar os níveis de proteínas, vitaminas e outros nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo”, complementa ele.
Para quem quer seguir a dieta vegana, eles sugerem, ainda, consumir uma quantidade equilibrada dos alimentos abaixo:
Leguminosas: lentilhas, feijões, ervilhas, grão de bico, amendoim e soja.
Sementes e oleaginosas: nozes, amêndoas, avelãs, castanhas; sementes de linhaça, chia, girassol, abóbora e gergelim.
Cereais: trigo, arroz integral, aveia, quinoa, amaranto, centeio e milho.
Frutas, legumes e verduras em geral.