O Pavilhão SmartAgro recebeu o seminário de inovação na produção de carne bovina. A professora da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Ana Maria Bridi, que possui experiência na área de Zootecnia com ênfase em Ciência da Carne, ressaltou que a primeira novidade é uma discussão que não é exclusiva da carne bovina, mas das carnes em geral e que vai impactar na cadeia de todas as carnes, que é a carne de laboratório. “A carne bovina será a mais impactada. O debate é se isso fará parte de nosso cotidiano em um futuro próximo, se é viável e como isso impactará nas cadeias produtivas da carne.”
Ela ressaltou que os produtores não devem ficar preocupados. “Nós temos um mundo que está crescendo em população e a gente espera que esta nova tecnologia diminua as desigualdades sociais, uma vez que essa população marginalizada, não só no Brasil como em outros países que possuem consumo baixo de proteína, comece a ter acesso às proteínas.”
A doutoranda Natália Nami Ogawa, que retornou recentemente da Universidade de Tóquio, apresentou uma visão geral sobre a pesquisa sobre carne cultivada que vem realizando. “Apresentei os principais processos de produção, os principais desafios e o que esperar sobre essa nova tecnologia que vem crescendo ano a ano.
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Segundo ela, a carne cultivada garante o bem-estar do animal, exige menos áreas de manejo, é ambientalmente menos danosa e surge em um momento em que até 2030 haverá uma demanda 14% maior de consumo de carne. “Era muito caro produzir carne cultivada, mas ano a ano essa produção tem caído de preço. Acredito que em um futuro breve será possível chegar a um preço equivalente à carne convencional, ou mesmo mais barata.”
Natália Ogawa reforçou que isso irá impactar principalmente pessoas que gostariam de consumir carne e não gostariam de sacrificar o animal. “Em termos de nutrição, uma das vantagens da carne cultivada é a possibilidade de programar essa carne e moldá-la como quer. É possível programar para criar a carne com mais proteína ou com mais quantidade de gordura. Sobre a previsão de quando estará disponível no mercado, porque atualmente ainda está no teste e ainda é preciso ajustar a legislação para o comércio desse tipo de produto. Acredito que isso deva levar mais de dez anos para estar nas prateleiras”, estima. (Com Assessoria de Imprensa)
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