O tênis do Brasil encerrou a participação nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 em grande estilo. No domingo (29), Laura Pigossi conquistou o segundo ouro desta edição, ao vencer a argentina Lourdes Carle com autoridade, por 2 a 0, parciais de 6/2 e 6/3. O resultado colocou o Brasil de volta no topo do pódio na chave de simples feminina depois de 36 anos. O que não acontecia desde Indianapolis 1987, quando Gisele Miró foi campeã.
A conquista veio um dia depois dela comemorar o ouro nas duplas femininas, ao lado de Luisa Stefani, e de garantir a classificação para as Olimpíadas de Paris 2024 ao avançar para a decisão de simples. Além disso, a paulistana se igualou a Maria Esther Bueno como única brasileira campeã dos Jogos Pan-Americanos em simples e nas duplas. Em São Paulo 1963, a lendária ex-atleta venceu a disputa individual e comemorou o título em parceria com Maureen Schwartz.
"Com certeza foi uma semana perfeita. Eu acho que eu aprendi muito. Em toda minha vida, eu sempre tive uma psicóloga e ela sempre me falou que a atitude de quem era medalhista olímpico, a atitude de quem ia para os Jogos Olímpicos e a atitude de quem conquista uma medalha de ouro era muito diferente. E depois de Tóquio, eu senti isso na pele e eu vim para cá muito decidida, que eu queria conseguir a minha vaga em Paris 2024, que eu queria conseguir a medalha de ouro individual e consegui a minha medalha de ouro nas duplas. Nem meu cansaço me fez perder o foco disso", disse, após a final.
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"A palavra da semana foi aguentar. Hoje eu não estou me aguentando em pé. Acho que eu vou precisar de uns cinco dias para me recuperar depois disso. Mas estou muito feliz. Uma das melhores semanas da minha vida. Muito feliz de poder conseguir esse ouro para o Brasil", completou.
Em Santiago, o Brasil obteve cinco medalhas: os ouros nas duplas feminina (Laura Pigossi e Luisa Stefani) e masculina (com Marcelo Demoliner e Gustavo Heide), além do simples feminino (Laura), a prata nas duplas mistas (Marcelo e Luisa) e o bronze no simples masculino (Thiago Monteiro). O último venceu Gustavo Heide no domingo na disputa pelo terceiro lugar, por 2 a 1, com 1/6, 6/3 e 7/6 (5).
A modalidade deixa a capital chilena com a certeza de que escreveu o nome na história. O país concretizou o segundo melhor desempenho em Jogos Pan-Americanos, atrás apenas do Pan de São Paulo, 60 anos atrás. Na ocasião, a delegação tinha, além de Maria Esther Bueno, nomes como Tomas Koch e Roland Barnes.