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40 testemunhas

Julgamento pela morte de Maradona é anulado após escândalo derrubar juíza

Folhapress
29 mai 2025 às 16:27

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Divulgação/Arquivo
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Após se arrastar por mais de dois meses e ouvir 40 testemunhas, o julgamento na Argentina para determinar se a morte do craque Diego Maradona foi um homicídio foi anulado nesta quinta-feira (29). O motivo foi o escândalo que levou à saída de uma juíza que supostamente protagonizava um documentário não autorizado sobre o processo.


"Depois de ouvir todas as partes, anunciamos a resolução do tribunal, que é a nulidade do julgamento", disse o magistrado Maximiliano Savarino, um dos três responsáveis pelo caso, em San Isidro, perto de Buenos Aires, onde o julgamento estava ocorrendo.

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Com essa decisão, as 20 audiências realizadas desde 11 de março, com apresentação de provas e testemunhos das filhas e outros familiares de Maradona, não terão mais validade.


O escândalo começou com denúncias de que a juíza Julieta Makintach estaria protagonizando um documentário sobre o caso que investiga a responsabilidade da equipe de saúde na morte do ídolo argentino, sendo que são proibidas filmagens na sala de audiência.

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No começo da semana, foram divulgados vídeos que fariam parte da obra, chamada de "Justiça de Deus", em que a juíza aparece entrando em um elevador do tribunal, circulando pelos corredores e durante uma audiência.


Makintach sempre negou saber se tratar de um documentário, apesar do depoimento em juízo de um cinegrafista afirmando ter recebido dinheiro de uma produtora responsável pelas filmagens.

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Na terça-feira (27), ela pediu para ser retirada do caso, e o Tribunal Penal Oral número três de San Isidro ficou com dois membros, Savarino e Verónica Di Tommaso.


"O julgamento foi bem desenvolvido por todos nós, exceto por uma pessoa que foi posta de lado", disse Savarino agora, ao anunciar a decisão. "Makintach não interveio imparcialmente. Sua conduta causou danos às partes acusadoras, bem como às defesas."

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Já Di Tommaso fez uma referência a uma das frases mais lembradas de Maradona, em que ele reconhecia ter cometido erros, mas que "la pelota [a bola de futebol] no se mancha". "Houve uma pessoa que cometeu um erro e pagou, e está pagando e certamente continuará a dar explicações, mas não é a Justiça, a Justiça não se mancha", disse ela.


O julgamento que ocorria havia mais de dois meses envolvia quatro médicos, duas enfermeiras e um psicólogo que cuidaram de Maradona antes de sua morte, em 2020.

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O tribunal atendeu a um pedido do Ministério Público, que pedia a nomeação de três novos juízes. Os advogados dos réus queriam o mesmo, argumentando que a parcialidade de Makintach era clara e que o episódio comprometia todo o julgamento, sendo necessária a anulação.


Os advogados que representam as filhas de Maradona pediam uma anulação parcial, mas com a manutenção de testemunhos que já foram dados e provas apresentadas. Os advogados tiveram que consolar as filhas do craque, quando o juiz anunciou a anulação do julgamento.

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Agora, o caso voltará para a fase de apresentação das provas. O novo julgamento ainda não tem data de início, pois depende da nomeação de um novo tribunal, o que será feito por sorteio.


Diego Maradona tinha 60 anos quando morreu, em 25 de novembro de 2020, em condições precárias em uma casa alugada em um condomínio de San Andrés, ao norte de Buenos Aires.

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Ele tinha sido operado 22 dias antes de um hemorragia subdural —acúmulo de sangue que se forma entre o cérebro e o crânio— na Clínica Olivos, em Vicente López.


Os promotores Ferrari, Cosme Iribarren e Laura Capra estabeleceram que a equipe médica foi "deficiente", "imprudente" e "indiferente" em suas ações, pois "não fez nada" para evitar sua morte.

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