O grupo de música regional Viola Quebrada - formado por Rogério Gulin, Margareth Makiolke e Oswaldo Rios - lança neste domingo, 20 de janeiro, às 11h, na Livraria Dario Vellozo (Rua São Francisco 325 - Largo da Ordem) o álbum duplo Viola Fandangueira, resultado do projeto de pesquisa e resgate do fandango paranaense que contou com a participação da Família Pereira, de Guaraqueçaba, e de alguns dos maiores fandangueios do Estado.
Viabilizado através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com apoio do Positivo, o projeto foi idealizado pelos músicos Rogério Gulin e Oswaldo Rios há dois anos. Os discos registram as raízes do fandango, trazendo as principais modas, verso-toadas e batidas em interpretações marcadas pelo espírito original deste ritmo típico do litoral do Paraná.
Os dois CDs foram gravados no Estúdio Sollo, em Curitiba, entre agosto e novembro de 2001, e o registro da Família Pereira, em especial, é um documento histórico para a cultura paranaense. "Há poucos registros do fandango do nosso litoral. Quantos violeiros bons já morreram e não deixaram nada gravado? Este CD da Família Pereira é com certeza algo que vai ficar para a posteridade", avalia o músico e pesquisador Rogério Gulin.
No primeiro disco, o Viola Quebrada gravou ao lado dos mestres fandangueiros Eugênio dos Santos (viola, pandeiro e voz) e Pedro Pereira (rabeca) um repertório baseado nas pesquisas que Rogério Gulin vem fazendo sobre o fandango desde os anos 80. Seu primeiro contato com o fandango foi em 1984, quando fez uma pesquisa para um espetáculo do grupo de teatro de bonecos Filhos da Lua. "Ficamos três meses pesquisando e disso saiu uma peça, que ficou dois anos em cartaz e viajou por várias cidades", conta o músico.
Depois disso, ele voltou a entrar em contato com o fandango quando começou a trabalhar no Conservatório de MPB de Curitiba, ao lado do pesquisador Inami Custódio Pinto, e mais tarde, em 1994, quando participou de uma pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Cultura. Foi aí que conheceu a Família Pereira, uma das poucas que mantém o fandango como manifestação espontânea em suas festas e celebrações.
O segundo CD é um registro desta tradição mantida pela Família Pereira há várias gerações em Rio dos Patos, no município de Guaraqueçaba. Avós, irmãos, primos e netos se dedicam à cultura do fandango, tocando, dançando e construindo seus instrumentos.
"Não existe no litoral do Paraná uma família tão grande que mantenha esta tradição. Se formos rastrear, tem umas 50 pessoas da família que tocam e fabricam instrumentos, desde o avô de 90 anos até as crianças mais novas, e eles fazem porque gostam", destaca Gulin.
Para os Pereira, o fandango é uma forma de expressar seus sentimentos de tristeza, amor, alegria e saudade - emoções que estão presentes em todas as faixas do CD. Para o Viola Quebrada, a realização deste projeto é um tributo à riqueza do folclore brasileiro e uma declaração de amor à nossa música.
Serviço:
Lançamento do álbum duplo Viola Fandangueira
Data: 20 de janeiro
Horário: 11h
Local: Livraria Dario Vellozo
Endereço: Rua São Francisco 325 - Largo da Ordem
Informações: O CD duplo estará sendo vendido a R$ 25.
Viabilizado através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com apoio do Positivo, o projeto foi idealizado pelos músicos Rogério Gulin e Oswaldo Rios há dois anos. Os discos registram as raízes do fandango, trazendo as principais modas, verso-toadas e batidas em interpretações marcadas pelo espírito original deste ritmo típico do litoral do Paraná.
Os dois CDs foram gravados no Estúdio Sollo, em Curitiba, entre agosto e novembro de 2001, e o registro da Família Pereira, em especial, é um documento histórico para a cultura paranaense. "Há poucos registros do fandango do nosso litoral. Quantos violeiros bons já morreram e não deixaram nada gravado? Este CD da Família Pereira é com certeza algo que vai ficar para a posteridade", avalia o músico e pesquisador Rogério Gulin.
No primeiro disco, o Viola Quebrada gravou ao lado dos mestres fandangueiros Eugênio dos Santos (viola, pandeiro e voz) e Pedro Pereira (rabeca) um repertório baseado nas pesquisas que Rogério Gulin vem fazendo sobre o fandango desde os anos 80. Seu primeiro contato com o fandango foi em 1984, quando fez uma pesquisa para um espetáculo do grupo de teatro de bonecos Filhos da Lua. "Ficamos três meses pesquisando e disso saiu uma peça, que ficou dois anos em cartaz e viajou por várias cidades", conta o músico.
Depois disso, ele voltou a entrar em contato com o fandango quando começou a trabalhar no Conservatório de MPB de Curitiba, ao lado do pesquisador Inami Custódio Pinto, e mais tarde, em 1994, quando participou de uma pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Cultura. Foi aí que conheceu a Família Pereira, uma das poucas que mantém o fandango como manifestação espontânea em suas festas e celebrações.
O segundo CD é um registro desta tradição mantida pela Família Pereira há várias gerações em Rio dos Patos, no município de Guaraqueçaba. Avós, irmãos, primos e netos se dedicam à cultura do fandango, tocando, dançando e construindo seus instrumentos.
"Não existe no litoral do Paraná uma família tão grande que mantenha esta tradição. Se formos rastrear, tem umas 50 pessoas da família que tocam e fabricam instrumentos, desde o avô de 90 anos até as crianças mais novas, e eles fazem porque gostam", destaca Gulin.
Para os Pereira, o fandango é uma forma de expressar seus sentimentos de tristeza, amor, alegria e saudade - emoções que estão presentes em todas as faixas do CD. Para o Viola Quebrada, a realização deste projeto é um tributo à riqueza do folclore brasileiro e uma declaração de amor à nossa música.
Serviço:
Lançamento do álbum duplo Viola Fandangueira
Data: 20 de janeiro
Horário: 11h
Local: Livraria Dario Vellozo
Endereço: Rua São Francisco 325 - Largo da Ordem
Informações: O CD duplo estará sendo vendido a R$ 25.