O Paraná não perdeu Nitis Jacon, o Paraná ganhou Nitis Jacon por 88 anos. A mulher que revolucionou a cultura e levou o nome de Londrina para o mundo foi sepultada na manhã desta quinta-feira (21) no Cemitério Municipal de Arapongas. Sob um céu azul, Nitis vai, agora, descansar ao lado do marido, Abelardo de Araújo Moreira, que faleceu há pouco mais de 11 anos.
Durante todo o velório, o clima foi agridoce, com momentos de forte emoção daqueles que tiveram o privilégio de conviver com Jacon, seja nos palcos da vida, nos corredores dos hospitais ou nos outros tantos lugares que a receberam por um tanto de tempo. Por outro lado, os risos também encheram o ambiente, já que muitos relembravam as histórias e as peripécias de Nitis Jacon. Apesar de sempre enérgica, intensa e efervescente, ela transbordava generosidade e sabia tirar o melhor de cada um, como contam amigos próximos.
No velório, as coroas de flores enviadas por tanto admirados decoravam o
saguão. As flores vieram de diversas lugares e setores, como de
ex-alunos e de turmas de medicina e artes cênicas da UEL (Universidade
Estadual de Londrina), de amigos da Casa de Cultura, da Funcart
(Fundação Cultura Artística de Londrina), da Casa de Saúde de Rolândia,
do Teatro Guaíra, além de homenagens de famílias da região.
Na
parede, os quadros, retratos e molduras com imagens da vida e carreira
de Nitis Jacon eram observados com atenção pelos presentes. Os olhos
atentos tentavam absorver um pouquinho da história da criadora do FILO
(Festival Internacional de Londrina).
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