Na próxima quinta-feira, 29 de maio, o doutor em Artes pela ECA-USP, José Dias, chega a Bela Vista do Paraíso, onde na manhã do dia 30 de maio, sexta-feira, fará uma visita avaliativa ao Teatro
Municipal Geraldo Moreira.
Além de arquitetura cênica e projetos arquitetônicos de teatros e centros culturais, José Dias já prestou mais de 50 consultorias técnicas para construções, reformas e adaptações para teatros em todo o Brasil.
Inaugurado em 29 de dezembro de 1962, com a peça "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, o Teatro Municipal Geraldo Moreira, foi um dos primeiros a serem construídos no interior do Paraná.
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Porém, a dificuldade de angariar verbas públicas para a manutenção do local, infelizmente culminou com a queda do telhado em 2009, acarretando diversos problemas estruturais que até hoje são nítidos e alvo de grande insatisfação e cobrança da população.
Por isso, a Divisão de Cultura da Prefeitura Municipal de Bela Vista do Paraíso, entrou em contato com o doutor José Dias – um dos principais profissionais da arquitetura cênica do Brasil – reconhecido e premiado internacionalmente, para que ele possa diagnosticar as principais necessidades para recuperar o espaço, transformando-o em uma sala multiuso. Haja vista que, as produções artísticas atuais, necessitam de
espaços diferenciados para cada tipo de espetáculo.
Sobre José Dias
O carioca José Dias, doutor em Artes pela ECA-USP, é professor associado da UFRJ e titular da Unirio, onde foi vice-reitor. Começou a carreira de cenógrafo em 1970, como assistente de Pernambuco de Oliveira. Desde então, já participou de mais de 370 espetáculos, no Brasil e no exterior. Foi premiado 12 vezes e recebeu 22 indicações para prêmios, como o Molière, o Mambembe e o Shell, entre outros.
Na TV, trabalhou na antiga Tupi e na Globo (1974-1989), onde foi responsável pela cenografia de várias novelas, do seriado O Bem-Amado e de diversos programas. Fez mais de 20 filmes para cinema e publicidade. Prestou assesso ria técnica para mais de 90 teatros, em todo o Brasil.
É autor dos livros Odorico Paraguaçu – o Bem-Amado de Dias Gomes (2009) e do
recém-lançado Teatros do Rio – Do Século XVIII ao Século XX. O trabalho traz análises de cada teatro; inclui estudos sobre os projetos e as condições de sua construção; e cita espetáculos, autores e
artistas que marcaram época, de 1767 a 1999.