Fãs de rock alternativo que viveram o final dos anos 80 e início dos 90 com toda certeza lembram-se do nome do grupo Concrete Blonde. Este trio nova-iorquino liderado pela cantora Johnette Napolitano foi um dos mais relevantes para a cena pós-punk, apesar de não lembrar muito bandas do estilo, como The Cure e Siouxssie and the Banshees. Preferiam flertar com o college-rock da época e também com música hispânica, uma influência constante da banda.
Após seis anos de separação, os membros originais Johnette Napolitano, James Mankey e Harry Rushakoff se reuniram, gravaram um novo disco e finalmente realizam uma tão esperada turnê pelo Brasil, que acontece entre os dias 07 e 10 de agosto. Curitiba recebe o trio na sexta-feira, 09 de agosto, já aquecido com as passagens por São Paulo (no dia 07) e Porto Alegre (no dia 08). A turnê brasileira chega ao fim neste domingo, com um show no Rio de Janeiro. O local que acolhe o grupo na capital paranaense será o Moinho São Roque. Até a última quarta-feira, já haviam sido vendidos 3.200 ingressos segundo informações do Armazém do CD, um dos pontos de venda, com preços vairando de R$ 20 a R$ 30 conforme a procura. Os últimos estão sendo vendidos a R$ 50. Vale citar que o baterista Rushakoff não poderá vir ao Brasil porque está preso por porte de drogas. Em seu lugar foi convidado o desconhecido Gabriel Ramirez.
O público brasileiro só foi tomar conhecimento da existência da banda em 1987, ano em que era lançado seu primeiro álbum, batizado com o nome da banda. No entanto, o Concrete Blonde se formou cinco anos antes, em 1982, passando a freqüentar os clubs pós-punk de Los Angeles enquanto o disco de estréia era ainda um sonho. Foram colegas de bandas como X, The Wall of Voodoo e The Go-Go's (esta veio para o primeiro Rock in Rio, em 1985, lembra?).
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Do primeiro disco saiu a faixa "Still in Hollywood", considerado até hoje como um hit do rock alternativo americano. O grupo parmaneceu unido até 1995, quando se separou. Nestes 13 anos, gravara cinco álbuns. No Brasil, o mais conhecido é "Mexican Moon", de 1993, que até chegou a ter suas faixas de trabalho "Heal it up" e "Mexican Moon" tocando nas FMs brasileiras. Desmancharam a banda em 1995, voltando a se reunir apenas em 2001. Neste meio tempo houve um falso retorno em 1997, quando Napolitano e Markey se juntaram à banda mexicana Los Illegals para gravar um álbum em espanhol, e foi só.
"Group Therapy" é o nome do mais novo CD da banda, que foi recentemente lançado no Brasil através da gravadora Trama. Fãs que gostavam de músicas mais agitadas do grupo vão achar estranho este novo rebento ter vindo recheado de baladas. Apenas duas músicas lembram o Concrete Blonde das antigas: "Violent" e "Valentine". Os flertes com música hispânica continua presente (vide "Your Llorona", "Inside/Outside" e "True, Part III"). A música do videoclipe é a folk "Take me home". O próximo CD da banda já está definido. Será um álbum ao vivo, que terá muitas de suas músicas gravadas dos shows no Brasil.
Serviço:
Concrete Blonde
Local: Moinho São Roque
Endereço: Rua Des. Westphalen, 4000 - Parolin
Data: 09 de agosto, sexta-feira
Horário: A casa abre às 22h. O show começa por volta da meia-noite
Ingressos: R$ 50 (últimos ingressos)
Telefone: (41) 333-3964