A Prefeitura de Londrina está devendo mais de R$ 2 milhões à Regional Planejamento e Construções Civis, empreiteira responsável pela primeira fase de construção do Teatro Municipal. O débito, segundo a construtora, está em aberto desde o segundo trimestre.
De acordo com José Pedro da Rocha, engenheiro responsável pela obra, o valor é referente a três faturas que ainda não foram quitadas. Segundo ele, a Prefeitura entrou em contato antes mesmo do término da primeira etapa para solicitar a paralisação dos serviços por falta de verba. "Eles nos avisaram que não teriam o dinheiro para pagar, mas optamos por concluir os trabalhos porque já tínhamos comprados os materiais e não poderíamos deixá-los no local, por risco de furto", explica.
O atraso no pagamento, segundo a Secretaria de Cultura, se deve à falta de repasse da União. São R$ 8,5 milhões destinados à fase inicial, dos quais cerca de R$ 6 milhões já foram pagos. "Tivemos uma série de problemas nesses últimos meses. Primeiro, a greve do Ministério da Cultura, depois a realização da Copa do Mundo e, agora, temos a questão orçamentária da pasta, que passa por contingenciamento", explica a secretária Solange Batigliana. "Aguardamos o fim da campanha eleitoral para conseguir o incremento final, pois a contrapartida da Prefeitura já foi investida", acrescenta.
A gestora da pasta ainda afirma que tem feito contato semanalmente com representantes da construtora a fim de atualizá-los sobre a situação financeira. "Infelizmente, não temos previsão de quando esse dinheiro será liberado", diz.
Vale lembrar que as obras do Teatro também foram embargadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no final do mês passado. No entanto, o engenheiro da Regional afirma que não tem mais responsabilidade sobre o problema, pois as obras já foram finalizadas. "Eu expliquei aos representantes do MTE que nossa parte já foi concluída, ou seja, o embargo deve ser estendido à Prefeitura", aponta.
O imbróglio, segundo a secretária, deve ser sanado pela empresa que vencer a licitação da segunda fase. "Os fiscais do MTE exigiram a implantação de linhas de vida. A próxima empresa que assumir a continuidade das obras deve se atentar ao problema e atender às normas específicas", finaliza.