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Curitiba Rock Festival 2005

Rodrigo Juste Duarte
22 set 2005 às 17:28
Os norte-americanos do Weezer é o grande chamariz do evento, não só por seu fã-clube, mas por ser o único show do grupo no Brasil - Divulgação
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A terceira edição do Curitiba Rock Festival -antes batizado como Curitiba Pop Festival -, marcado para este sábado e domingo, dias 24 e 25 de setembro, teve sua gestação marcada por mudanças não vistas nas edições anteriores. Desta vez o festival ocorre em setembro em vez de abril, não conta mais com o apoio da prefeitura de Curitiba e não será mais relizado na Pedreira Paulo Leminski, mas sim no Curitiba Master Hall (antiga Forvm), com capacidade para cerca de 4 mil pessoas.

A grande atração é a banda norte-americana Weezer, que se apresenta no sábado. Surgiram em 1995, quando estrearam com seu "Blue Album" e já se tornaram uma das novas bandas de rock mais famosas da época, impulsionadas pelos hits "Buddy Holly" e "Undone (The Sweater Song)" em alta rotação nas rádios rock e na MTV (os clipes destas duas músicas foram dirigidos por Spike Jonze, que desde então também se projetou como um dos melhores diretores do gênero nos últimos anos). Seu estilo logo começou a ser taxado de power pop, rótulo que teve bons artistas nas décadas de 60, 70 e 80, mas que andava carente de bandas nos anos 90. Logo após o sucesso, lançaram o segundo álbum "Pinkerton", tão bom quanto o primeiro.

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Em seguida, o grupo entrou num período de hiato devido às excentricidades do vocalista e lider Rivers Cuomo, que queria terminar a faculdade a qualquer custo. Somente em 2001 o grupo ressurgiu com o "Green Album" (2001), "Maladroit" (2002) e "Make Believe" (2005). Destes, o mais recente decepcionou fãs antigos. Mas quem for ao CRF não precisa ficar apreensivo, pois o grupo tem tocado muito material de seus primeiros discos nos recentes shows de sua turnê. Esperamos que eles façam o mesmo no Brasil.

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Para combinar com a grande atração, as sete bandas escaladas para tocar antes também são partidárias de um rock acessível e assobiável. Quem pisa primeiro no palco é O Sete, do Rio de Janeiro, que reza a cartilha do rock´n´roll tradicional. Em seguida vem a Suite Minimal, de Curitiba, que está começando a fazer música com vocais após ficar só no instrumental. Tocam um rock com groove de funk e um tom vintage de trilha-sonora. Também de Curitiba, o Charme Chulo, apontado como uma das novas revelações locais, mostra seu rock bastante influenciado por Smiths (inclusive na presença de palco do vocalista), mas com algo de brasileiro: algumas músicas ganharam acordes de viola caipira. E assim encerram-se as apresentações de bandas locais do sábado já no começo do evento (que poderia valorizar um pouco mais os artitas da cidade, sem precisar deixá-los logo no começo quando ainda tem pouca gente na casa).

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O rock do Nordeste dá as caras com Rádio de Outono e Cidadão Instigado. O primeiro, vindo de Recife, toca um pop'n'roll bem fofinho, enquanto o último, de Fortaleza, utiliza a essência de estilos como o rock, o romântico, o folk, o hip-hop e o samba para fazer canções simples. A paulistana Biônica, formada majoritariamente por garotas, chega pra fazer barulho com seu garage rock punk, com vocais em português e breves incursões pelo francês. Antes do Weezer, quem toca é a carioca Acabou La Tequila em um de seus raros e imperdíveis shows de reunião. Juntando estilo diversos para fazer rock festivo do melhor, o grupo tem em sua formação Nervoso, Kassin (produtor dos álbuns do Los Hermanos) e músicos de bandas como Matanza, Canastra e Orquestra Imperial. Grande abertura!


Um domingo fora do convencional
O que se nota na escalação de artistas do domingo é um espírito mais experimental entre os artistas nacionais. Talvez para combinar com a atração que havia sido escalada num primeiro momento: o Fantômas, liderado por Mike Patton (ex-Faith No More e ex-Mr. Bungle), que toca um rock esquizofrênico, pesado, psicótico e absurdamente quebrado. No entanto, o show do grupo acabou sendo cancelado num episódio que até hoje não foi muito bem explicado e continua rendendo discussões nas comunidades da banda no orkut (A produção diz que foi por falta de baterista. A gravadora alega que "as ofertas não foram suficientes". A boataria acrescenta outras razões não-oficiais). Só para citar, o festival teve outras duas baixas. A banda carioca Leela tocaria no sábado, mas preferiu abrir shows da turnê da pseudo-rebelde Avril Lavigne na mesma data. Lobão foi chamado no lugar, porém o cantor sofreu lesões no tímpano após ser agredido em um incidente e cancelou toda sua agenda de shows em decorrência disso.

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Mudanças à parte, a noite de domingo fecha mesmo em clima indie com os norte-americanos do Mercury Rev, que nos últimos álbuns trilhou um indie rock com belos arranjos orquestrados e letras sensíveis (que tomou o lugar do indie ruidoso, experimental e psicodélico que praticavam durante a década de 90). O grupo deve tocar músicas de seus três últimos álbuns, o aclamado "Deserter's Songs" e os sucessores "All is Dream" e "The Secret Migration".


Antes dos norte-americanos, sobem ao palco a banda (ou melhor, dupla) The Raveonettes, da Dinamarca, formada pelo casal Sune Rose Wagner e Sharin Foo. Deverá ser um show de músicas alegres calcadas no rock anos 50, mas moldadas para os dias atuais. Tanto no palco quanto no estúdio, os dois músicos são multiinstrumentistas, se revezando em diversos instrumentos.

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Na programação de bandas nacionais, a maratona de domingo começa com os curitibanos da Black Maria, que toca um rock bem acessível com toques latinos. É uma das bandas que mais faz shows na capital paranaense. Seu último álbum teve produção do Mutante Sérgio Dias. A cearense Karine Alexandrino toca em seguida. Ela lançou um primeiro álbum bastante experimental para depois lançar um segundo influenciado por rock anos 60, mas por bem manteve uns elementos diferentes para não ser apenas mais uma neste estilo. Os brasilienses do Móveis Coloniais de Acaju são uma big band com naipe de metais. Têm uma base rock mas passeiam por outros estilos e já foram comparados ao Karnak.


Revelação da primeira fase Florianópolis do Claro Que é Rock, o grupo Los Diaños, de Curitiba, não vão deixar ninguém indiferente com seu som atípico, que une rockabilly com jazz de desenho animado (com direito a trompete e baixo acústico). A paulistana Hurtmold retorna de uma série de shows na Europa para mostrar seu poder instrumental em Curitiba, misturando jazz e rock (o que muitos críticos de música resolveram batizar de post rock). Com toda certeza o show da Patife Band será a revelação da noite. Muito falada, mas pouco ouvida, esta banda que tem em sua formação o londrinense Paulinho Barnabé surgiu em 1983, lançou seu único álbum, "Corredor Polonês" quatro anos depois, depois desapareceu e agora está de volta com seu punk esquizofrênico feito por músicos com formação erudita contemporânea! O Ultramen, última atração nacional da noite, acabou ficando em situação desconfortável por tocar depois da Patife Band e antes de The Raveonettes. Sem contar que eles são verdadeiros ETs na grade do evento por fazer um som mistureba com música brasileira e até reggae. Boa sorte pra eles.

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No sábado os portões abrem às 15h15, com o primeiro show começando às 19h15. No domingo, a casa abre às 13h e o primeiro show rola ás 16h. No sábado, o Weezer se apresenta à 1h. No domingo, os horários dos artistas internacionais são 21h (The Raveonnetes) e 23h (Mercury Rev).


>> Leia matéria especial sobre Weezer
>> Saiba um pouco sobre Mercury Rev e The Raveonettes

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Serviço:
Curitiba Rock Festival 2005

Datas: 24 e 25 de setembro, sábado e domingo
Horário: a partir das 15h (abertura dos portões)
Local: Curitiba Master Hall (antiga Forvm)
Endereço: Rua Itajuba , 143 - Portão
Ingressos: Os tickets para cada dia do festival são vendidos a R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia para estudantes), e preço promocional de R$ 180 para os dois dias.
Pontos de venda: Livrarias Fnac de Curitiba (ParkShopping Barigüi), São Paulo (Pinheiros e Paulista) e Rio de Janeiro (Barrashopping)


Programação:
Data: 24 de setembro, sábado

15h15 Abertura dos portões

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19h15 Suite Minimal (Paraná)
20h Rádio de Outono (Pernambuco)
20h45 O Sete (Rio de Janeiro)
21h30 Charme Chulo (Paraná)
22h15 Biônica (São Paulo)
23h Cidadão Instigado (Ceará)
23h45 Acabou La Tequila (Rio de Janeiro)
1h Weezer (EUA)


Data: 25 de setembro, domingo
13h Abertura dos portões

16h Black Maria (Paraná)
16h45 Móveis Coloniais de Acajú (Distrito Federal)
17h30 Karine Alexandrino (Ceará)
18h15 Los Diaños (Paraná)
19h Patife Band (São Paulo)
19h45 Ultramen (Rio Grande do Sul)
21h The Raveonnetes (Dinamarca)
23h Mercury Rev (EUA)


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