Nas primeiras semanas de atividades, o projeto 'Bibliopraias' já registrou bons números. Iniciativa do Governo do Paraná, o projeto disponibiliza 5 bibliotecas móveis nas praias paranaenses. Mais de mil visitantes passaram em cada uma das três bibliotecas que já estão em atividade, sendo que os espaços acumularam mais de 2.000 empréstimos realizados.
Índices facilitados pelo modo prático com que os leitores emprestam os livros. De maneira simples, o veranista empresta um exemplar fornecendo apenas o nome completo e um contato telefônico. O leitor pode emprestar um título por vez, ficando com ele durante três dias, com opção de renovação.
Cada biblioteca conta com 1.200 títulos e o acervo é composto por livros de literatura nacional e estrangeira, além de títulos infantojuvenis. Algumas obras são parte da nova aquisição da Biblioteca Pública do Paraná que, no final de 2012, adquiriu 10 mil novos livros.
Leia mais:
Conheça o livro gay que fez autora fugir da Rússia após bombar no TikTok
Veja cinco livros para conhecer Adélia Prado, poeta vencedora do Camões
Adélia Prado vence o prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa
Por que livros-jogos voltam a ser mania envolvendo leitor em enigmas e aventuras
Além da alta circulação de pessoas e do bom índice de empréstimo, outras atividades têm movimentado os módulos. Grande parte desse movimento se deve à procura por parte do público infantil. Algumas crianças já chegaram a acumular 8 livros lidos. 'Diário de um banana', de Jeff Kinney, é o título mais concorrido.
Os mais procurados
Marta Sienna, que é chefe da Divisão de Extensão da BPP e responsável pelos módulos do litoral, conta que a procura de livros reproduz a preferência de mercado. Best-sellers e autores consagrados são os mais disputados. A badalada saga Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons mais escuros e Cinquenta tons de liberdade, da escritora britânica E. L. James, são exemplares que não param nas estantes litorâneas.
Gênero tão popular quanto os best-sellers, a literatura de fantasia também tem feito sucesso e movimentado as bibliotecas. A advogada curitibana Andressa Kunze emprestou A batalha do apocalipse, de Eduardo Spohr. Leitora assídua, Andressa aprovou a ideia de ter uma biblioteca na praia. "Além dos livros que leio por causa da profissão, costumo ler quatro livros por mês. Já tenho o hábito da leitura durante o ano e, uma biblioteca na praia, facilitou ainda mais o acesso", comenta.
Além da curitibana Andressa, veranistas de todo o Estado têm prestigiado a iniciativa. Desde o dia 20 de dezembro, quando a primeira Bibliopraia foi instalada em Caiobá, na Praia Brava, leitores de Londrina, Campo Mourão, Guarapuava, Maringá e Cascavel circulam com frequência entre os módulos. A partir do dia 15 de janeiro, mais dois espaços iniciam suas atividades: um na Praia Mansa, em Caiobá, e outro em Paranaguá, na Ilha de Valadares. Os módulos funcionarão até o dia 17 de fevereiro.
Marta Sienna acredita que a iniciativa permite um novo tipo de entretenimento para o veranista. "Já é tradição ter ginástica, música e atividades de dança, mas raramente tem um projeto que promova a leitura. Então, de certo modo, conseguimos suprir essa carência", diz.