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''No País dos Homens'' é permeado de inocência, atrocidade e culpa

André Amorim - Folha de Londrina
01 out 2007 às 17:55
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No final da década de 70, a Líbia passa por uma das fases mais negras do regime ditatorial de Muhamar Kadhafi. Pessoas são levadas para prestar esclarecimentos e não retornam mais. A televisão exibe enforcamentos de supostos traidores ao vivo. Universitários são impedidos de ler obras tidas como ''impróprias'' pelo regime revolucionário. É neste cenário cruel que o jovem Suleiman, de apenas nove anos, terá que tomar as decisões que definirão sua vida e de sua família.

''No País dos Homens'', livro de estréia de Hisham Matar, foi bem recebido pela crítica e indicado a vários prêmios literários. Com matizes autobiográficas, ele trata do sentimento de um menino ao tentar ajudar seus pais a enfrentarem um mundo que ele ainda não conhece. A traição, sempre acompanhada pela culpa, é o sentimento motor da inspiração do autor, que dá à obra ares de redenção.

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Quando o pai sai em suas viagens de negócios, Suleiman passa a ser o homem da casa e tem de cuidar da mãe, que adoece nestes momentos consumindo doses cada vez maiores de um ''remédio'', vendido clandestinamente em uma garrafa negra.

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Seu mundo começa a desmanchar-se numa tarde ensolarada, quando ele avista o pai - que deveria estar no exterior em uma viagem de negócios - caminhando pela Praça dos Mártires, em Trípoli. Na volta, o carro onde está é perseguido por um jipe do comitê revolucionário, tão perto que o menino poderia tocar sem esforço o rosto marcado do soldado. Inocência e atrocidade, é neste contraste captado pelo olhar pueril do protagonista que se edifica o conflito central de ''No País dos Homens''.

Serviço: - ''No País dos Homens'', de Hisham Matar. Companhia das Letras, 2007, com 264 páginas. Nas Livrarias Curitiba você encontra este livro por R$ 36.


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