O romance de Ernest Hemingway, "Paris é uma Festa", virou febre na França após os atentados de sexta-feira (13). No livro, são relatadas as memórias do escritor norte-americano sobre a temporada na capital francesa na década de 1920.
Exemplares da publicação estão sendo colocados entre flores e velas em frente a um dos bares atingidos pelos terroristas e na fachada da casa de shows Bataclan, onde se concentrou a maior parte das mortes.
"Paris é uma Festa" era o mais vendido na seção de biografias no site Amazon, nesta quarta-feira, e entrou em falta no estoque da empresa americana de distribuição on-line. Geralmente, os livreiros vendem dez exemplares da obra por dia, mas segundo David Ducreux, assessor de imprensa da editora que publica o livro (Folio), esse número subiu para 500.
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Cerca de 8.000 cópias são vendidas anualmente, mas a editora previu a reimpressão de 15.000 exemplares do livro. Ele pode ser descrito como uma homenagem à Paris dos anos 1920, cheia de cultura. "Essa era a Paris da nossa juventude, onde éramos muito pobres e muito felizes. Paris sempre vale a pena, e retribui tudo aquilo que você lhe dê", escreveu Hemingway.
Em janeiro, após o ataque contra a revista "Charlie Hebdo", outro livro voou das prateleiras. A editora do "Tratado da Tolerância", de Voltaire, teve de fazer uma reedição do livro do filósofo depois de vender 120.000 cópias.
(Com informações da AFP)