Durante a visitação, é possível ver de perto objetos, ouvir depoimentos e apreciar obras de arte que contribuem para compor os valores das etnias representadas durante o festival. Assim, em suas diferentes manifestações, a cultura dos povos está representada. A culinária, as artes plásticas, a dança são exemplos que podem ser admirados nesta edição.


Uma das atrações é a exposição que destaca a importância da imigração japonesa. Com peças imponentes, "Objetos que Fizeram a Travessia: Memórias do Artesanato Japonês no Brasil", representa nesta mostra um recorte da coleção da @casadojizo, que reúne mais de 600 peças de artesanato japonês, com curadoria de Lina Saheki – pesquisadora, colecionadora e diretora do @centroasiabrasil.


                                                                                Foto: Walkiria Vieira

Ao todo, cerca de 50 peças que roubam a atenção graças a riqueza de cada objeto como as bonecas kokeshi, ningyo, amuletos e objetos históricos que atravessaram oceanos com famílias imigrantes japonesas ou foram recriados em território brasileiro, revelando histórias de afeto, memória e adaptação cultural.


Entre rituais e tradições, uma curiosidade sobre o costume de jogar bonecas na água para afastar o mal, chamado de "Hina nagashi", no qual bonecas de papel são lançadas em rios para levar consigo a má sorte e os maus espíritos. Este ritual, realizado no Dia das Meninas (Hina Matsuri), simboliza a purificação e a proteção contra o infortúnio. As bonecas também têm um papel protetor no lar, como as kokeshi, que são vistas como amuletos para proteger as crianças e afastar o mal, especialmente o fogo.


Culinária libanesa


No espaço dedicado à gastronomia, uma mesa posta com receitas da cozinha libanesa, de Nádia Sahão, desafiam o visitante a nomear, prato por prato, cada uma das criações apresentadas. Nesta exposição, a seleção de obras é fruto da parceria com a Inspira Cerâmica e a proposta une tradição cultural, memória afetiva e expressão artística. Inspirada nos icônicos pratos da culinária libanesa, as esfirras de mentirinha, os quibes, cafcas e doces estão recriados em argila e evidenciam, com efeito, o valor da tradição e da criatividade artesanal.


                                                                        Foto: Walkiria Vieira

Durante o evento, o Senac oferecerá ao público workshops gratuitos de gastronomia francesa, japonesa e italiana. Para participar desta atividade é necessário realizar inscrições antecipadas na Central de Atendimento ao Cliente do Sesc Londrina Cadeião. O público poderá participar, no pátio da unidade, de uma grande feira gastronômica, com opções de comidas de várias nacionalidades e sabores. A feira gastronômica acontecerá no sábado (18) e domingo (19), das 14h às 20h.


Mostra indígena


O espaço dedicado à Mostra Indígena dos povos da Amazônia oferece ao visitante duas propostas. Na primeira, a arte marajoara apresenta criações com raízes profundas em uma cultura milenar. É possível acomodar em uma poltrona e assistir a um documentário que destaca a relação de respeito dos indígenas com a natureza, o valor dos sentidos e o significado da simplicidade. Na segunda, estão expostos utensílios de caça e do cotidiano que carregam a memória dos povos indígenas, alem de uma sequência de retratos de indígenas pintados em teares. Todas as obras que compõem a mostra indígena tem curadoria de Ricardo Sahão, que também teceu as telas em tear. Os visitantes poderão ouvir sobre a experiência da imigração indiana, japonesa e angolana.


                                                                         Foto: Walkiria Vieira

Assim, as etnias que compõem a história da imigração do Paraná estão representadas. A mostra foi palco da estreia dos documentários Venda dos Pretos e Doutor Preto, que mostrarm um ponto de encontro e resistência da comunidade negra em Londrina, além da biografia de Justiniano Clímaco da Silva – primeiro médico negro de Londrina. Também foi exibido o longa-metragem japonês Canções de Kamui, com a presença de representantes do Consulado do Japão. Na sexta-feira (17), o projeto Ressona Cine fará uma sessão de cine concerto, exibindo curtas do Hikona Udihara enquanto executa a trilha sonora ao vivo. Para as sessões de cinema, não é necessária retirada de ingressos.Para mais informações acesse o site do SESC-PR