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Inovação

Pesquisadores da UEM desenvolvem solução sustentável para o descarte de bitucas

Redação Bonde com AEN
18 mai 2021 às 09:26

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- UEM
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Pesquisadores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) desenvolveram uma solução inovadora e sustentável para o descarte de bitucas de cigarro. O projeto utiliza o processo de hidrocarbonização para transformá-las em hidrocarvões, substâncias que podem ser utilizadas em sistemas de purificação de água.


O trabalho, que tem sua patente depositada pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), é fruto de uma pesquisa de Iniciação Cientifica realizada pelo aluno de Licenciatura em Química, Rogerio dos Santos Maniezzo, e coordenada pelo professor do DQI (Departamento de Química) da UEM, Andrelson Wellington Rinaldi. A iniciativa foi premiada, em 2019, na Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química.

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A maioria das pontas de cigarro contém um filtro feito de acetato de celulose, material de plástico que pode levar 10 anos para se decompor. Grande parte das bitucas é descartada em aterros sanitários, fundos de vale, calçadas, gramados, lagoas, rios e oceanos. Quando se desintegram, formam microplásticos que são consumidos pelos animais que vivem no mar.

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O professor Rinaldi destaca a importância do estudo e explica o processo do estudo. "São vários os benefícios. Um deles é a destinação correta para as bitucas, que ainda não possuem uma política de descarte específica. Outro ponto importante é a utilização dos hidrocarvões na adsorção de rejeitos industriais, auxiliando em questões ambientais”, afirma. A adsorção consiste em um processo físico-químico em que as moléculas ficam retidas na superfície de uma substância, em geral, substâncias sólidas.

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Os hidrocarvões, gerados após um processo de cozimento semelhante ao de uma panela de pressão, cumprem com a função de absorvente em sistemas de purificação de águas e tratamento de efluentes. O material retém em seus poros diferentes tipos de impurezas.


Ao longo do estudo, os pesquisadores testaram diferentes tempos de cozimento e temperaturas com o intuito de otimizar a transformação do material. Rinaldi destaca que o processo químico é uma alternativa economicamente viável para os setores público e privado.


"Será criada uma nova cadeia produtiva de hidrocarvões, utilizando substâncias de difícil decomposição como matéria prima. O processo não é complexo e pode gerar diferentes frentes de trabalho, desde a coleta de pontos como 'bitucários' até a fabricação dos carvões”, completa.

O pesquisador também ressalta que o descarte inteligente é uma fonte de trabalho e renda. "O desenvolvimento do projeto pode aumentar a geração de empregos e promover uma melhora na qualidade de vida dos trabalhadores e da população”, arremata.


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