Falada por 280 milhões de pessoas em 12 países diferentes e sendo a única matéria cobrada em 100% dos concursos, a Língua Portuguesa mostra sua relevância. Pode se dizer ainda mais: o português é essencial para a resolução de todas as perguntas de qualquer prova. Isso porque dominar o idioma é exigido para interpretar o que se pede do início ao fim do certame.
Saber compreender e utilizar o português da melhor maneira possível, além de ser necessário para o trabalho em qualquer vaga, já que em todos os cargos há a necessidade de exercer uma comunicação eficiente, é o que pode desempatar provas e definir qual candidato vai sair na frente.
Isso porque os estudantes brasileiros apresentam dificuldades no aprendizado do português desde muito jovens. O levantamento do movimento Todos pela Educação revela que só 34% das crianças que terminam o quinto ano do Ensino Fundamental aprendem o português exposto em sala de aula. Esse é o resultado referente a escolas públicas e particulares juntas. Se analisadas apenas as instituições de ensino público, o percentual diminui para 30,5%. Diante desse cenário, quem consegue superar esse obstáculo tem ainda mais chances de se destacar.
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Alguns tópicos, como interpretação de texto e morfossintaxe – análise feita dos termos morfológicos e sintáticos de orações –, aparecem com mais frequência nos certames. Nas avaliações do Cespe/UnB (Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília), por exemplo, 45,8% das questões exigem interpretação de texto. Nas perguntas da Esaf (Escola da Administração Fazendária), o assunto representa 28,3% dos itens.
Há casos nos quais as questões de português têm peso dois – valem o dobro de pontos –, como, por exemplo, no concurso da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Secretaria de Administração do DF (cargo de Auditor de Controle Interno), Câmara dos Deputados, Ministério da Fazenda e Ministério do Turismo.
O domínio da língua aparece, mesmo que de maneiras diferentes, entre os tópicos mais importantes para as principais bancas que organizam os certames no Brasil. Na FGV (Fundação Getulio Vargas), organizadora dos concursos das câmaras municipais, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, das secretarias e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o foco é equilibrado entre interpretação textual e gramática.
Já nos concursos federais, estaduais e municipais, principalmente na área jurídica esquematizados pela FCC (Fundação Carlos Chagas), junto com exposição literal da lei, a habilidade do candidato de diferenciar a escrita correta de uma frase, com atenção principalmente na gramática, é o mais exigido. No caso, a interpretação é deixada mais de lado.
Em provas da Fundação Cesariano, responsável pelos exames da Petrobras, de bancos, do IBGE e da Liquigás, o mais importante é analisar se o candidato tem a capacidade de interpretar, analisar e contextualizar dados, o que mostra se o indivíduo tem ou não o hábito da leitura.