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Interesse por cursos superiores ligados à beleza cresce acima da média

18 jun 2019 às 14:04

Beleza e bem-estar têm estimulado o ingresso de alunos no ensino superior. O interesse por cursos que permitem a atuação do futuro profissional no segmento de estética cresceu, e o número de novos alunos mais do que dobrou na comparação entre 2010 e 2017. O levantamento foi feito pelo Quero Bolsa, plataforma online de bolsas de estudo para o ensino superior.


"Nós temos notado a cada semestre o crescimento na busca, em nosso site, por bolsas de estudo para cursos de Estética, tanto no grau de Bacharelado quanto no de Tecnologia. No nosso primeiro levantamento, ele não aparecia nem mesmo entre os 50 mais procurados, mas, em 2018, estava na décima quarta colocação, a frente de carreiras como Engenharia Civil, Veterinária e Arquitetura", explica Pedro Balerine, diretor de Inteligência Educacional do Quero Bolsa. "O curso de Biomedicina, outra carreira tradicional e que, recentemente, passou a formar profissionais habilitados em Estética, também viu o interesse aumentar, chegando a décima sexta colocação entre os cursos mais buscados", completa Balerine.


A partir do interesse dos estudantes, o site avaliou a base de dados do Censo da Educação Superior para acompanhar a evolução do interesse pelos cursos ao longo desta década e constatou um crescimento expressivo na quantidade de novos alunos. Estética passou de 6.841 calouros, em 2010, para 17.063, em 2017 (dado mais recente disponível). Biomedicina foi de 10.931 para 25.727 alunos ingressantes no mesmo período.


Divulgação


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Das 35 habilitações possíveis na Biomedicina, a estética é uma das mais recentes e que vem apresentando crescimento no interesse por parte dos estudantes, por causa das oportunidades oferecidas pela carreira. A expansão do setor de beleza, a possibilidade de ser o responsável técnico pelo funcionamento de clínicas de beleza e, principalmente, pela autorização de atuar em um campo até muito recentemente restrito a médicos são atrativos importantes.


O Conselho Federal de Biomedicina aprovou em 2012 a Normativa Nº 1 que elenca uma série de procedimentos invasivos não cirúrgicos que podem ser realizados por biomédicos, entre eles aplicação de botox, carboxiterapia, preenchimentos e peeling.


Já o curso de Estética forma profissionais para atuarem no tratamento e no embelezamento da pele, corpo e cabelo, mas que não pode praticar procedimentos invasivos nos pacientes. Além da formação ser diferente da do Biomédico, o curso também é mais curto. São 3 anos para preparar o tecnólogo em Estética e 4 anos para concluir o Bacharelado em Biomedicina.

A diferença de formação e de atuação dos profissionais também se reflete na remuneração. Levantamento do próprio site constatou que em 2018, o salário médio oferecido aos Biomédicos em São Paulo foi de quase R$ 3 mil, enquanto profissionais de Estética receberam em média R$ 1.500 por mês.


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