Sempre que posso falo do desafio que é tratar de inovação em comunicação, campo no qual estou imerso há mais de duas décadas como profissional e há quase 10 anos como pesquisador e professor.
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Assumi um novo desafio recentemente como Coordenador de Comunicação na Universidade Estadual de Londrina (UEL), uma instituição que faz parte da história de Londrina, do Paraná e do Brasil. Classificada entre as melhores nos rankings de maior credibilidade no mundo, com uma comunidade acadêmica de aproximadamente 25 mil pessoas, 50 anos de história, e muitos desafios pela frente. Cuidar de toda a comunicação de uma organização desse porte e dessa envergadura é uma tarefa de grande responsabilidade.
O que me deixa feliz e esperançoso é a possibilidade de contar com uma equipe de muitos talentos e dedicada. Afinal, não se supera barreiras sozinho e tampouco se realiza inovação com uma pessoa apenas. Em todas as oportunidades que surgem, saliento a necessidade de haver uma equipe diversa e imbuída dos mesmos propósitos para que exista criatividade, inspiração e bons resultados. Sem esses ingredientes, é praticamente impossível desenvolver algo novo. Como o grupo do qual faço parte reúne comunga da mesma vontade, estou bem acompanhado e respaldado para tentar colocar em prática algumas proposições.
Sinto-me na obrigação de realizar ações inovadoras neste novo posto, haja vista meu histórico e meu trabalho como pesquisador, docente, membro do ecossistema de inovação e entusiasta de um jeito diferente de fazer as coisas. Não acredito, porém, que isso signifique refazer tudo. Pelo contrário, a inovação sempre parte de uma base assentada por aqueles que o antecederam, os quais avançaram sobre aspectos muito importantes. A UEL vem realizando um valoroso trabalho em diversos segmentos da comunicação, o que é fundamental para que a instituição tenha alcançado uma boa imagem e reputação diante de diferentes públicos. Assim como ocorre na ciência, quando cada pesquisador dá a sua contribuição para o avanço do conhecimento, na inovação cada ação ajuda a formar um contexto que leva a novos caminhos. Daí a razão pela qual o ecossistema, o conjunto de pessoas e instituições trabalhando em parceria em prol de um benefício comum, é tão relevante para existir algo diferente.
Inovar no setor público é bastante diferente da iniciativa privada. Os muitos ditames legais que precisam ser observados e cumpridos, além das diversas limitações orçamentárias são apenas alguns dos aspectos que tornam a tarefa mais desafiadora. No entanto, é possível avançar significativamente em certos campos a partir de uma vontade coletiva e um trabalho em conjunto.
Sempre desejo boa sorte àqueles que estão buscando inovar. Desta vez, peço boas energias dos meus leitores para mim e minha valorosa equipe ;)
*Lucas V. de Araujo: PhD e pós-doutorando em Comunicação e Inovação (USP). Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), parecerista internacional e mentor Founder Institute. Autor de “Inovação em Comunicação no Brasil”, pioneiro na área.