Pesquisadores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Paraná desenvolveram um produto para facilitar a vida de profissionais no tratamento do ingurgitamento mamário lactacional, conhecido como leite “empedrado”. Ele pode ser usado separadamente como sutiã, massageador ou ordenhadeira, ou de modo integrado e simultâneo.
A invenção foi patenteada pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) em outubro deste ano. Em termos de tecnologia, o produto está parcialmente desenvolvido, podendo ser levado ao mercado com investimento financeiro razoável.
O produto, intitulado como “Ordenhadeira Massageadora para o Manejo Clínico do Ingurgitamento Mamário na Lactação” em outubro de 2012 para obtenção da Carta Patente, foi desenvolvido pelos pesquisadores Anita Batista dos Santos Herbele, Mariana Pereira Margato, Percy Nohama, Cristina do Carmo berrehil el Kattel e Marcelo do Carmo Camargo Gaiotto.
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Com exceção de Margato, que à época era graduando de Design na UEM, todos são doutores. Herbele atua como técnica em Enfermagem no Banco de Leite Humano do HUM (Hospital Universitário Regional de Maringá), Nohama é professor no programa de Pós-graduação em Tecnologia em Saúde da PUC-PR, Kattel é docente do curso de Design da UEM e Gaiotto é professor na PUC-PR.
Como diferenciais, a invenção oferece tecnologia adicional ao tratamento do ingurgitamento mamário puerperal, possibilidade de proporcionar a integração da massagem com a ordenha eletromecânica, ergonomia facilitadora para as lactantes e os profissionais envolvidos. O produto tem formato anatômico composto por alças largas com ombreira (fabricado em Neoprene, que facilita a higienização e se ajusta melhor ao corpo), e materiais flexíveis, confortáveis, de baixa toxicidade e resistentes à corrosão, além de isolantes térmicos.
Ingurgitamento mamário
Popularmente conhecido como leite “empedrado”, o ingurgitamento mamário trata-se do acúmulo de leite nas mamas, causando dor e aumento de volume. A condição deixa o leite mais viscoso e ele não consegue fluir corretamente. O ingurgitamento pode acontecer em qualquer fase da amamentação, mas é mais comum nos primeiros dias após o parto. As principais causas são a realização de técnicas incorretas de amamentação, uso de suplementos ou sucção ineficaz do bebê.
O tratamento deve ser iniciado quando surgirem os primeiros sinais e sintomas, visando aliviar o inchaço das mamas e promover a fluidez e liberação do leite. Ele é feito normalmente por meio de massagens e ordenha manual ou com bomba eletromecânica.