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Anote cinco dicas para saber o que teu filho está acessando na internet

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
19 jul 2023 às 22:00
- Julia M Cameron/Pexels
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Em todo o mundo, 89% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos em todo o mundo já acessaram a internet em algum momento da vida, segundo dados da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A abrangência dos meios digitais no cotidiano contemporâneos é tema de discussão, desde a psicologia até a segurança pública, dos governos à sala de aula. E não é para menos, já que estudos têm demonstrado que há uma íntima relação entre o uso de plataformas digitais e o aumento do número de ataques em escolas, por exemplo.


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E como exercer a parentalidade na era digital? Como controlar o conteúdo acessado pelas crianças e adolescentes sem comprometer o pacto de privacidade? De acordo com Fernando Brafmann, consultor em Proteção e Segurança Escolar dos colégios do Grupo Positivo, trata-se de entender que o celular é uma porta de acesso a um mundo que não tem apenas conteúdos positivos. “Antes do uso massivo dos celulares, os pais queriam saber quem eram os amigos dos filhos, onde moravam, como eram as famílias deles. Na internet, o raciocínio deve ser o mesmo. É preciso saber o que as crianças estão vendo e como elas consomem esse conteúdo”, alerta.

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Sempre que se fala em controle parental, o outro lado da moeda é a suposta perda de privacidade de quem está sendo monitorado. Isso se torna uma questão, principalmente no caso dos adolescentes, que já estão em uma fase de desenvolvimento de personalidade que exige certo distanciamento dos pais e responsáveis.


Para a especialista em Psicologia Educacional e Educação Inclusiva dos colégios do Grupo Positivo, Michele Norberto, tudo pode ser resolvido com regras bem delimitadas entre pais e filhos. “Tudo o que é construído junto com eles é muito mais forte. Então, o ideal é que as crianças e adolescentes sempre saibam que os pais têm acesso ao seu telefone e aos conteúdos acessados por ele. Não esconda que você tem esse controle, mas explique por que ele é necessário”, pontua.

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Conheça o mundo virtual em que os jovens circulam


Instagram, TikTok, Twitter. Os muitos nomes e as inúmeras funções de cada plataforma ou rede social muitas vezes escapam à compreensão dos pais. Entretanto, conhecê-las é fundamental para a parentalidade digital. Assim, é importante procurar compreender para que servem e como os jovens utilizam essas ferramentas. Brafmann lembra que, atualmente, é comum que os adolescentes tenham, inclusive, mais de um perfil em cada rede social. “Eles fazem isso para escapar do controle parental, então é preciso assumir que isso está acontecendo e buscar o diálogo para entender o que está sendo compartilhado em cada um desses perfis”, frisa.

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Observe os sinais


Crianças e adolescentes dão sinais de que algo está errado. A presença dos pais e educadores é fundamental. Se a criança esconde o celular na presença dos pais, por exemplo, ou pausa o conteúdo que estava sendo visto, pode ser um sinal de que algo está errado. No caso dos adolescentes, mudanças de comportamento, irritação, isolamento, tristeza constantes precisam ser notados. Deletar o histórico de navegação, não querer atender a chamadas ou responder mensagens, por exemplo, são alertas que não podem ser ignorados.

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Configure o telefone conforme a idade


Os celulares atuais permitem, nas próprias configurações, definir quais aplicativos podem ser instalados. Ainda é possível bloquear o uso após determinado tempo ou hora do dia. Essas funcionalidades são muito importantes para que os pais consigam monitorar melhor o que está acontecendo nas telas às quais seus filhos têm acesso. Isso deve ser feito de acordo com a idade da criança, diz Brafmann.


Ofereça ajuda


Sexting, ciberbullying, ameaças e outros problemas são parte do dia a dia das ferramentas digitais. E é preciso que os jovens compreendam que têm alguém com quem contar dentro de casa para lidar com esses problemas. “Quando os pais já têm um processo de parceria com os filhos, fica mais fácil estabelecer essa via de diálogo. É um processo de construção para que as crianças confiem nos pais para resolver eventuais problemas associados ao uso da internet”, ressalta Norberto.


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