O envelhecimento é um processo natural do ser humano e traz inúmeras modificações, sendo a pele um dos primeiros marcadores visíveis. Com o tempo, a camada cutânea sofre o efeito tanto de fatores internos, em razão da própria degeneração estrutural da derme, de mudanças hormonais e do acúmulo de radicais livres, como também de fatores externos, devido à exposição aos raios ultravioletas, à poluição e ao tabagismo.
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De acordo com Daniel Magnoni, diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração e consultor da NPV (Nutrientes para a Vida), todas estas condições refletem diretamente no aspecto da pele, redundando em alterações como diminuição da espessura, extensibilidade e elasticidade, além do aumento da rigidez. Um dos principais motivos decorrentes destas mudanças é a diminuição da produção de colágeno pelo organismo. Sua quantidade sofre redução em virtude do envelhecimento cronológico da pele e do decréscimo das células responsáveis por sua síntese.
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Segundo o médico, em geral, o colágeno é uma das proteínas mais abundantes do corpo humano, respondendo a quase 30% do conteúdo total de proteína no organismo. Sendo o principal componente da matriz extracelular, exerce importante papel estrutural, fazendo parte da composição dos ossos, das cartilagens, dos tendões, da pele e dos demais tecidos conjuntivos. Além disso, o colágeno contribui com a manutenção da força, da estabilidade e da integridade, fornecendo o suporte necessário ao longo de todas as estruturas celulares.
Basicamente, sua formação consiste em um aglomerado de aminoácidos, que são as estruturas que formam as proteínas. Em sua sequência primária podemos encontrar essencialmente três tipos de aminoácidos: glicina, prolina e hidroxiprolina ou hidroxilisina, este último em menor volume.
Para dar origem à hidroxiprolina, que é primordial para a formação correta de colágeno, a prolina necessita passar por um processo de reação enzimática dependente de dois nutrientes muito importantes: a vitamina C e o ferro. Ou seja, sem o aporte adequado destes compostos, principalmente da vitamina C, a conversão da prolina em hidroxiprolina não ocorre e, consequentemente, a síntese de colágeno é prejudicada.
"Nesse sentido, além do decréscimo natural relacionado a idade, uma alimentação deficiente em nutrientes também pode ser motivo para a perda de colágeno. Nos casos mais graves, a deficiência de vitamina C pode até levar ao desenvolvimento do escorbuto, doença caracterizada pela manifestação de sintomas como apatia, indisposição, irritação, lesões de pele e hemorragias nos estágios mais avançados", afirma Magnoni.
Para evitar maiores danos, o médico diz que é essencial manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, atentando-se especialmente aos níveis de ferro e vitamina C presentes nas refeições, além da correta ingestão de água ao longo do dia. O consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes fornece vitaminas, minerais essenciais e vasta gama de compostos antioxidantes que também colaboram com a manutenção de uma pele mais bonita e saudável no decorrer dos anos.
Normalmente, as vitaminas não são sintetizadas pelos humanos em quantidade suficiente para desempenhar suas funções normais. A necessidade de ingerir alimentos com concentrações adequadas de vitamina C faz com que os vegetais necessitem do suprimento adequado de nutrientes.