Uma parcela de 0,54% dos lares brasileiros tinha responsáveis com cônjuges ou companheiros do mesmo sexo em 2022, indicam dados do Censo Demográfico divulgados nesta sexta (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A proporção equivale a quase 391,1 mil domicílios de um total de 72,5 milhões.
Apesar de ainda ser considerado pequeno, o percentual de lares com casais do mesmo sexo teve um crescimento "expressivo" frente a 2010, quando estava em 0,10%, afirmou o IBGE. À época, o número de domicílios com essa característica era de quase 60 mil.
Em 2022, o maior percentual de lares com casais do mesmo sexo foi registrado no Distrito Federal (0,76%), seguido por Rio de Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%).
Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%) mostraram as menores proporções.
Luciene Longo, analista da gerência de projeções e estimativas do IBGE, diz que o Censo não permite saber de forma concreta quais fatores explicam a alta dos domicílios com casais do mesmo sexo.
Segundo ela, "vários motivos" podem ajudar a entender o quadro. Nesse sentido, a técnica cita "maior disposição" dos casais homoafetivos em declarar a relação e "aumento de motivação" para a união.
Ainda de acordo com o IBGE, mais da metade (57,5%) dos domicílios no país eram formados por responsável e cônjuge ou companheiro de sexo diferente em 2022 (41,7 milhões). Houve redução do percentual frente a 2010 (65,3%). Domicílios sem cônjuge representaram 41,9% do total no Censo mais recente.
Nesta divulgação da pesquisa, os lares são identificados como unidades domésticas. Elas podem ser compostas por pessoas que vivem sozinhas (unipessoais) ou por conjuntos de habitantes ligados por relações de parentesco, dependência ou normas de convivência em domicílios particulares.
Domicílios coletivos, como asilos, presídios, hospitais e orfanatos, não entram nessa categoria.
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