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Saiba como tratar

Brasileira está entre as mulheres que mais sofrem com TPM

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
06 fev 2019 às 16:30
- Shutterstock
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É difícil encontrar uma mulher que nunca tenha sentido algum desconforto ligado ao ciclo menstrual. Estima-se que até 90% das brasileiras conviva mensalmente com pelo menos um dos sintomas físicos ou emocionais da temida TPM, que pode trazer grande impacto na qualidade de vida feminina. "A mulher deve atentar-se à intensidade e frequência desses sintomas. Caso eles causem prejuízos à sua rotina, é importante consultar o ginecologista", afirma o ginecologista e obstetra Achilles Cruz.


Para quem acha que tensão pré-menstrual é "frescura", é importante saber que seus efeitos podem até trazer aumento das faltas no trabalho. "Além de afetar a vida profissional, a TPM pode trazer prejuízos nas relações sociais e familiares. Portanto, em alguns casos, os sintomas não podem ser encarados como algo normal da natureza da mulher", pontua o médico. Segundo estudo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a brasileira está entre as mais afetadas pela TPM no mundo. Por isso, é importante saber quando buscar suporte do médico.

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Sintomas pré-menstruais: existem cerca de 150 sintomas conhecidos, entre físicos e emocionais, que podem acometer as mulheres durante o período pré-menstrual. Até 90% das mulheres apresentam um ou mais desses sintomas durante a segunda fase do ciclo menstrual. Os mais frequentes são: inchaço, dores de cabeça, cólicas, acne, alteração do humor, irritação, depressão, choro fácil, aumento do apetite, alterações de sono e diminuição do desejo sexual.

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SPM (Síndrome pré-menstrual): a SPM atinge até 40% das mulheres e caracteriza-se por reunir pelo menos um sintoma físico e um emocional com intensidade suficiente para causar incômodo e interferência nas atividades diárias e nos relacionamentos. Para caracterizar a SPM, os sintomas devem se repetir durante dois ou mais ciclos consecutivos, uma ou duas semanas antes da menstruação, com melhora ou desaparecimento após os primeiros dias de sangramento.


TDPM (Transtorno disfórico pré-menstrual): mais grave do que a SPM, atinge de 3% a 8% das mulheres, sendo classificado na categoria dos transtornos depressivos. Nesses casos, os sintomas são mais severos e de natureza psíquica, trazendo sofrimento acentuado e impacto importante no desempenho das atividades do dia a dia da mulher. O diagnóstico considera sintomas que incluem instabilidade emocional significativa, irritação/raiva, ansiedade e humor depressivo.


A boa notícia é que existe tratamento e medidas capazes de amenizar e, até mesmo, acabar com a TPM. "Os anticoncepcionais orais são uma ótima opção. Eles ajudam a estabilizar as flutuações hormonais que estão envolvidas no desencadeamento dos sintomas e ainda oferecem outros benefícios, como a melhora da pele, diminuição do fluxo e cólicas menstruais. Em alguns casos, o médico também poderá considerar pílulas administradas em regime sem pausa, que oferecem maior estabilidade hormonal", explica o ginecologista. "Já quando o quadro é mais intenso, como no TDPM, também deve ser considerada a combinação de medicamentos antidepressivos e o acompanhamento multiprofissional", completa o especialista.

No dia a dia, vale apostar em pequenas mudanças que podem fazer toda a diferença na qualidade de vida. "Manter uma alimentação saudável, com boa hidratação e uma rotina de exercícios físicos é essencial para aliviar os sintomas pré-menstruais. Também recomenda-se evitar a ingestão excessiva de gorduras, sal, açúcar, álcool e cafeína, que podem desencadear ou agravar o quadro", finaliza o ginecologista.


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