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Revistas aproximam ainda mais quadrinhos e cinema

30 jun 2005 às 11:00
"Powers" tem diálogos rápidos e inteligentes, aliados a uma eficiente narrativa gráfica - Reprodução
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Curitiba - Não é novidade para ninguém que quadrinhos e cinema andam de mãos dadas há muito tempo. Não só pela onda crescente de adaptações, mas principalmente pela semelhança no uso de texto e imagens, narrativa sequencial dinâmica e estática. E a incursão de profissionais de ambos os lados, que exploram as duas linguagens em seus trabalhos também vem estreitando ainda mais esses laços. Vide dois lançamentos que chegaram ao Brasil recentemente: ''Powers: Quem Matou a Garota Retrô?'' e ''Rising Stars: Estrelas Ascendentes''.

Se muito quadrinho está virando filme ultimamente, muita gente do mundo audiovisual holywoodiano vem se envolvendo com trabalhos relacionados à nona arte. O roteirista de ''Batman Begins'', David Goyer, por exemplo, já escreveu histórias para a revista de Starman e Sociedade da Justiça. Até mesmo o ator Thomas Jane, que viveu o Justiceiro no filme homônimo, roteirizou uma história do anti-herói da Marvel e parte para mais um projeto, chamado ''Bad Planet''.

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Brian Michael Bendis é a bola da vez no universo dos super-heróis. Ele não é exatamente um roteirista de cinema, mas trouxe muito dos diálogos e gags de Hollywood para as revistas. Em ''Powers'', isso é evidente: a narrativa se concentra basicamente nas conversas entre os personagens, muito bem-humoradas, por sinal. Não é difícil reconhecer o impacto das produções audiovisuais em seu trabalho. Basta ver sequências em que a ação se concentra na sutileza dos movimentos dos protagonistas em imagens repetidas, uma tentativa de reproduzir as gags de sitcoms, por exemplo, nos quadrinhos.

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A história desse primeiro volume de ''Powers'' gira em torno da investigação do assassinato de um herói clássico, a Garota Retrô, uma referência aos personagens criados na Era de Ouro dos quadrinhos, entre 30 e 50. Aqui, Bendis está menos econômico e ainda não tinha controlado sua capacidade de síntese como em ''Demolidor'', que está entre seus melhores trabalhos. No entanto, esse primeiro arco de ''Powers'' é um petisco para o que de melhor o roteirista sabe fazer, como o que mostrou em ''Alias'' e em revistas do universo Ultimate, conhecido no Brasil como Millenium.

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''Powers'' não só foi importante para fazer essa transição numa época em que o cinema está a cada dia mais perto da nona arte como também abriu os olhos da chamada grande indústria para os quadrinhos alternativos. Os traços de Michael Avon Oeming seguem o que os autores independentes buscam: o bom fluxo e uma narrativa eficiente ao invés de desenhos rebuscados que muitas vezes só distraem a atenção do leitor.


''Rising Stars'' não só quer se parecer com um filme ou um seriado como tem como autor o próprio criador de uma telessérie de sucesso. J. Michael Straczynski é o criador da sci-fi ''Babyllon 5'' e assina um volume que tem como mote o despertar de 113 crianças superdotadas, com poderes especiais.

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''Rising Stars'' não chega a ser algo como ''Watchmen'', produção de Alan Moore a que costuma ser comparada, erroneamente, diga-se de passagem. No entanto, a idéia do autor é bem parecida: projetar quais seriam as reações da sociedade se um dia tivéssemos entre nós gente tão poderosa. Não é novidade mas o roteirista aproveita de sua habilidade de construir bons diálogos, através de inúmeras referências ao universo pop, para fazer uma interessante reflexão sobre o tema proposto.


A produção é um pouco prejudicada pela ausência de um ilustrador competente, que traria o tom certo para a narrativa. No entanto, a série foi muito bem recebida nos Estados Unidos e rendeu a Straczynski o convite para escrever a principal revista do Homem-Aranha e ''Supreme Power'', que sai no Brasil através da linha Marvel Max, da editora Panini.

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Serviço: ''Powers: Quem Matou a Garota Retrô'', tem formato americano (17 x 26 cm), com 144 páginas e é lançamento da editora Devir, a R$ 40. ''Rising Stars: Estrelas Ascendentes'' sai no formato americano pela editora Mythos e tem 196 páginas, a R$ 29,90.


Todas as publicações citadas acima podem ser encontradas em Curitiba na Itiban Comic Shop: Av. Silva Jardim, 845. Fone: (41) 3232-5367.

Música+Quadrinhos: The Get Up Kids+Powers


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