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Quinze edições e centenas de balas

13 fev 2003 às 17:25
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Cem balas irrastreáveis pela polícia para promover vingança. Com uma premissa pra lá de violenta e tentadora, a revista 100 Balas, de Brian Azzarello e Eduardo Risso, tinha tudo para fazer sucesso no Brasil não fosse boa parte do conteúdo inicial tão ligado à cultura norte-americana. Mas a publicação premiada nos Estados Unidos com o Eisner (o Oscar dos quadrinhos) chega a sua 15a. edição em solo tupiniquim, o que não é só um marco no mercado editoral nacional como também ponto crucial da trama.

No início, 100 Balas já surpreendia pelo bom roteiro de Azzarello e pela impressionante narrativa visual do argentino Eduardo Risso. Nos três primeiros números, a "chica" Dizzy Córdoba recebe do misterioso agente Graves uma arma e cem balas irrastreáveis para vingar uma morte em família. A partir daí outros personagens vão recebendo propostas semelhantes ao longo da série. A história já chegou consagrada mas sua temática ainda poderia comprometer a publicação no Brasil pois a violência tratada nas revista (infelizmente) não é tão chocante para os brasileiros. Além disso, os conflitos sociais entre latinos e norte-americanos também geram situações diferentes do preconceito racial daqui.

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Contudo a revista sobreviveu no País, mesmo vendida apenas em lojas especializadas, e atualmente é uma das séries de maior sucesso. A décima quinta edição, que chega neste mês, representa um passo importanto para o setor, já que novas revistas com esse tipo de conteúdo raramente têm boa aceitação. Além de um texto mais complexo, a arte preza a fluência da história e os planos de narrativa, que apresentam variações desconcertantes de "câmera" e do foco principal. Não há excessiva preocupação estética, como nos bem-sucedidos quadrinhos de super-heróis, por exemplo.

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Nos Estados Unidos a revista já alcançou cinqüenta números com a mesma equipe criativa e a décima quinta edição de 100 Balas também foi especial. Marcou o fim do "tempo de experiência" que os criadores tinham para a revista. Seriam apenas quinze edições, mas com o estrondoso sucesso de público e crítica, a série ganhou novo fôlego. Azzarello tinha programado a história para terminar na edição número 15 e, quando recebeu carta branca da editora Vertigo/DC Comics, decidiu explorar a trama com mais detalhes. No arco de edições que vai dos números 12 a 15 a personagem Dizzy entra em cena novamente e os leitores começam a ser introduzidos a uma misteriosa batalha corporativista, em que todos os que receberam as cem balas irrastreáveis começam a perceber que são apenas marionetes de um intrincado jogo de poder.


100 Balas é editada no Brasil pela Opera Graphica e pode ser encontrada em lojas especializadas - em Londrina na Batbanca (R. Raposo Tavares, 687 - 43 3337-0587) e em Curitiba na Itiban (Av. Silva Jardim, 845 - 41 232-5367) - ao preço de R$ 6,90.

Música+Quadrinhos: Fun People+100 Balas


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