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Quadrinhos despretensiosos

31 dez 1969 às 21:33
Edição é ideal para presenter alguém: são quadrinhos para todo tipo de gosto -
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''Mutts'' finalmente chega ao Brasil e segue a linha de histórias que fazem a cabeça dos leitores casuais.


Curitiba - Existe uma categoria de quadrinhos que agrada todo tipo de leitor. Aqueles gibis que chamam a atenção dos casuais, entretêm os entusiastas e divertem os especializados. São típicos exemplos de ótimos presentes, para homem e mulher, criança e adulto. Entram nessa lista as traquinagens de Calvin & Haroldo, as agruras de Maitena, os desencontros da turminha do Charlie Brown (Peanuts), as tiras atemporais dos álbuns de Fernando Gonsales... E ''Mutts'', de Patrick McDonnell, que finalmente chega ao Brasil, pela Devir Livraria.

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''Mutts - Os Vira-Latas'' demorou muito a chegar ao Brasil. Já com vinte volumes, a série foi criada em 1994 e desde então vem sendo publicada em mais de 700 jornais espalhados por 20 países ao redor do globo. As tirinhas são distribuídas pela famosa companhia sindical estadunidense King Features, que tem em conta personagens do naipe de Popeye, Hagar e Flash Gordon.

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O trabalho de Patrick McDonnell, influenciado por seus tempos de ativismo ecológico e pela vida natureba vegetariana, pode ser considerada como uma ''vingança'' dos animais: o autor coloca nos ''pensamentos'' de um cão, Duque, e um gato, Chuchu, todas aqueles comportamentos questionáveis que os humanos têm. Uma autocrítica muito bem-humorada e até mesmo didática.

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Os desenhos simples e a narrativa intuitiva de fácil entendimento evocam os melhores momentos de Calvin e Peanuts. Não à toa, o próprio Charles Schulz, criador de Charlie Brown e companhia, elogiou o trabalho do autor, hoje com 53 anos.



''Mutts'' é mais uma daquelas deliciosas leituras despretensiosas, ideais para fazer que vai fazer sua viagem passar mais rápido. A esperança é de que a Devir agora também traga os outros volumes.

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O SÉTIMO SUSPIRO DO SAMURAI


Foram mais de dois anos de espera e finalmente os leitores de ''O Sétimo Suspiro do Samurai'', lançado originalmente em dois volumes, têm o desfecho publicado por aqui. A Conrad Editora, após a compra por parte do grupo IBEP/Nacional, colocou nas prateleiras a conclusão da história de Éric Adam e Hugues Micol.

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Um pequeno resumo para seguir em frente, pois a primeira edição da história saiu em dezembro de 2006. No Japão feudal, os nomes valiam muito, por isso se você o sujasse com desonra teria que arranjar um outro, comprando, ganhando, ou por outros meios.



Nesse cenário, durante o Período Edo (entre os séculos XVII e XVIII), o ''ronin'' (samurai sem mestre) Toho Daisuke encerra seu treinamento e precisa de uma reputação melhor, já que herdou os problemas do pai. Ele vê no casamento de sua irmã com um respeitado senhor a oportunidade de colocar em prática suas habilidades de guerreiro.

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A história poderia se perder em clichês não fosse o trabalho meticuloso, tanto do roteirista quanto do ilustrador, ambos não nascidos no Japão. Talvez a preocupação em deixar locações, comportamento, história, figurinos, enfim, importantes detalhes, verossímeis para os nipônicos tenha sido a grande sacada da obra.



''O Sétimo Suspiro do Samurai'' mistura história de pirata com samurais e aventura de um filme de ação com uma narrativa diferente para este estilo, graças aos desenhos de Micol. O francês controla com consistência seus personagens, o ritmo e, especialmente, a arte-final, a ''cereja do bolo'' de sua caracterização de uma trama de época.

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INVASÃO SECRETA


Todo mundo que já leu um pouquinho das histórias do Universo Marvel sabe que os alienígenas metamorfos Skrulls sempre foram meio que uma ameaça vazia para heróis do porte dos Vingadores, Quarteto Fantástico ou X-Men. Pois bem, desta vez a briga é pra valer e vai sacudir a cronologia das histórias de todas as revistas. A ''Invasão Secreta'' chegou ao Brasil, pela Panini Comics.

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Tudo começa quando alguns eventos catastróficos acontecem em uma estranha e coincidente sequência, como a queda dos Vingadores, o fim do nascimento de novos mutantes, a Guerra Civil que dividiu os heróis, a morte do Capitão América. O ápice da teoria da conspiração se dá com (mais uma) morte de Elektra, que se revela então uma Skrull disfarçada.


A partir daí, o clima de desconfiança geral e medo toma conta do Universo Marvel. Quem é ou não Skrull? Há quanto tempo eles estão entre nós? O que eles planejam? Como os heróis vão lutar contra essa ameaça? O mote vem da cabeça do atual arquiteto da Casa das Ideias, Brian Michael Bendis, que, apesar de trazer uma trama sem grandes reviravoltas, vem chacoalhando os leitores com sagas bem sacadas, regulares, orgânicas, a exemplo desta ''Invasão Secreta''.



"PRÉ"-CRISE FINAL


Tudo o que acontece na cronologia atual da DC Comics depende de atenção profunda do leitor. Por isso, é preciso se preparar para compreender as ''sagas de verão''. Neste caso, o título mensal em 13 capítulos ''Prelúdio Para a Crise Final'', publicado por aqui pela Panini Comics já no número 8, é chave para seguir o que vai acontecer quando chegar ao Brasil a ''Crise Final'', a partir de setembro.


''Crise Final'', assim como outras ''crises'' servem, teoricamente, para definir o status quo de todos os microuniversos da editora em um só, obviamente maior, dinâmico, interligado, coeso. Ou seja, serve para unir pontas soltas, resolver problemas de cronologia, promover mudanças significativas, atiçar a curiosidade do leitor, vender gibis.


Para chegar lá, os fãs devem prestar a atenção neste ''Prelúdio'' desde o começo, em especial a partir de agora: a edição 8 tem mais um capítulo da morte dos Novos Deuses, essencial para encarar a ''Crise Final''; o passeio de um grupo da DC pelo universo Wildstorm (de Jim Lee, comprado pela DC) na busca por Ray Palmer; a faceta cósmica da editora com Adam Strange, e por aí vai.


Bem verdade que a leitura desta edição não é das melhores e que ''Crise Final'' talvez nem mereça tanta dedicação. Mesmo assim, se vale para o fãs, então que pelo menos esses estejam preparados.



A ORIGEM SECRETA DE HAL JORDAN


Em um belo dia, o piloto de testes Hal Jordan recebeu do alienígena Abin Sur o anel energético da Tropa dos Lanternas Verdes. Somente alguém com força de vontade suficiente seria capaz de utilizar tal artefato. Essa é a conhecida origem do mais famoso herói esmeralda da DC Comics, que terá mudanças drásticas na edição número 10 de ''Dimensão DC: Lanterna Verde'', nas prateleiras brasileiras este mês, pela Panini Comics.


Como os leitores já vêm acompanhando, os Lanternas Verdes não são os únicos a utilizarem sentimentos por meio de espectro das cores no universo. A Tropa Sinestro mostrou que explora o medo por meio de seus anéis amarelos. E mais coisa vem por aí.


Para preparar os fãs para sagas maiores, como a ''Guerra da Luz'' e ''A Noite Mais Densa'' (tradução livre dos arcos "War of Light" e "The Blackest Night"), o escritor Geoff Johns, bem acompanhado do brasileiro Ivan Reis, explicam um pouco mais sobre a existência de tais espectros. Ou seja, introduzem a expandida e melhorada mitologia na atual fase dos Lanternas Verdes no passado de seu maior representante, Hal Jordan.


Por que Abin Sur caiu numa nave se podia voar e o que isso tem a ver com os Lanternas Vermelhos? Como foi de fato o primeiro contato com Carol Ferris e o que isso tem com as Safiras Estelares? Bem, isso será respondida no arco, que começa nesta edição.



POP-UP


A partir de hoje publico aqui também a coluna de cultura pop que assino quinzenalmente na Folha de Londrina.


Marvel Studios roendo as unhas
Mesmo com o relativo sucesso na estreia, ''X-Men Origins: Wolverine'', que arrecadou cerca de US$ 160 milhões em todo o mundo em seus primeiros dias de exibição, não agradou fãs e críticos. Isso só aumenta a expectativa da Marvel Studios, que desde ''Homem de Ferro'' produz todos os filmes da Casa das Ideias. A razão? Bem, seria muito mais rentável e coerente lidar com o universo em andamento no cinema se todos os personagens da editora estivessem disponíveis. Mesmo com os direitos autorais de Hulk, Demolidor e Elektra de volta, a empresa não vê a hora da Fox desistir dos X-Men e da Universal largar mão do Homem-Aranha, o que dificilmente vai acontecer por enquanto.



Vertigo sem casa no Brasil
Os leitores estavam estranhando já há algum tempo as mudanças e atrasos na Pixel Media, após sua compra pela Ediouro, e agora parece oficial. A editora, que vinha publicando títulos do selo adulto Vertigo, da DC Comics, parou de funcionar. Assim, mais uma vez, revistas com roteiros e arte de primeira, com ideias originais e propostas de vanguarda, mais uma vez ficam sem casa no Brasil. Coloque aí nesta cesta de desperdício páginas e mais páginas de ''Preacher'', ''Y: O Último Homem'', ''John Constantine'', ''Ex-Machina'', ''Sandman'', entre outras. A justificativa, mais uma vez, seria as baixas vendas. Fica aí então as seguintes perguntas: o material recebe tratamento ruim? O preço é que é muito alto? O leitor brasileiro só quer saber de super-herói mesmo? Bem, culpa só da crise não pode ser, ela não esteve assim tão presente em ocasiões semelhantes anteriores. Quem souber a resposta pode mandar por e-mail.



Novo ''Friends''
A série é nova e talvez nem tenha uma segunda temporada, mas muitos estão chamando de novo ''Friends'' nos Estados Unidos. ''Roommates'', da ABC Family, conta a história do ator Mark, que vê na chance de morar com Katie a oportunidade perfeita para conquistar seu amor colegial. Junte na história dois coadjuvantes engraçados, como a garçonete durona Hope e James, que logo de cara nota o plano de Mark. Ah, sim, e o divertido Thom, ex-colega de Mark que tenta ajudá-lo na empreitada. Por enquanto não há previsão de estreia no Brasil mas os episódios podem ser encontrados na web via streaming.



Sexta edição do FIQ promete
O evento já era bastante respeitado entre os quadrinhistas, desde sua primeira edição, e a cada ano que passa ganha ares de grande acontecimento na cultura brasileira. A razão, além da boa organização, está na lista de convidados de destaque. O Festival Internacional de Quadrinhos, ou FIQ para os mais chegados, acontece entre os dias 6 e 11 de outubro, em Belo Horizonte, e promete trazer caras como Liberatore, pai do divertidíssimo ''Ranxerox''; Ben Templesmith, o ilustrador de ''30 Dias de Noite''; Christophe Blains, autor de ''Isaac, o Pirata'', entre outros. Além deles, devem ser confirmados mais artistas consagrados de Alemanha, Argentina, China, Estados Unidos, França e Bélgica. A torcida é para que todos venham, pois nomes esperados acabaram frustrando entusiastas ao cancelar participações nos anos anteriores.




SERVIÇO



- ''Mutts'' 128 páginas no formato 21 x 21 cm, com capa dura colorida e interior preto-e-branco, a R$ 23.


- ''O Sétimo Suspiro do Samurai - Volume 2'' tem 120 páginas coloridas no formato 21 x 27 cm, a R$ 32,90.


- ''Invasão Secreta'' nº 1 tem 60 páginas coloridas no formato americano (17 x 26 cm), custa R$ 7 e sai em oito edições.


- ''Prelúdio Para a Crise Final'' número 8 tem 100 páginas coloridas no formato americano (17 x 26 cm) e custa R$ 7,90.


- ''Dimensão DC: Lanterna Verde'' tem 100 páginas no formato americano (17 x 26 cm), a R$ 7,50.



O material citado acima pode ser encontrado em Curitiba na Itiban Comic Shop (Av. Silva Jardim, 845). O telefone de lá é (41) 3232-5367.

A maior parte dos textos publicados nesta coluna foi publicada na Folha de Londrina, tanto na versão impressa quanto na virtual.


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