Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Gibi mais invocado do ano chega ao Brasil

29 ago 2002 às 19:39
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


Sexo, drogas e violência são coisas do cotidiano mas que nem sempre são retratadas com fidelidade nas HQs. Tudo bem, na verdade cada produção tem seu foco. Mas existe um público que gosta de consumir algo mais palpável com a realidade. Isso já é explorado pelo selo Vertigo, da DC Comics, e diversos trabalhos de autores independentes espalhados pelo globo há anos. Mas nunca havia sido feito na maior casa dos heróis multicoloridos - Marvel Comics.

Com o objetivo de brigar com a concorrente por esses leitores e preencher uma lacuna cada vez mais abrangente, a editora norte-americana decidiu introduzir esses elementos com heróis já consagrados por qualquer moleque que já leu HQs. O primeiro deles foi Nick Fury, inaugurando o selo MAX e com bom resultados: a mini-série foi considerada pela revista de música Rolling Stone como o "gibi mais irado do ano".

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Para quem não conhece, Fury é um veterano de guerra que ao longo dos anos ocupou cargos importantes em diversos órgão militares secretos do governo dos EUA, especialmente a S.H.I.E.L.D (existe uma explicação para a sigla mas isso não importa). Dessa vez, o coronel é visto como um cara que já está ficando velho para a coisa e que sempre esbarra nas ordens dos burocratas norte-americanos. E o pior, Fury anda entediado com essa vida.

Leia mais:

Imagem de destaque

Uma homenagem ao grande personagem de Eisner

Imagem de destaque

Rafael Sica lança ''Ordinário'' em Curitiba

Imagem de destaque

Super-heróis se adaptam ao século XXI

Imagem de destaque

Melhores de 2010


O roteiro do já consagrado irlandês Garth Ennis (Preacher, Hellblazer, Hitman) é perfeito para o título: o escritor, conhecido por gags politicamente incorretas e pelo estilo ultra-violento, amarra a trajetória do coronel Fury para a cronologia dos acontecimentos históricos no plano real. Ou seja, os conflitos e toda as paranóias conspiratórias dos gringos são transpostas para as páginas da mini-série, como as guerras "secretas" dos norte-americanos, que pedem ao mundo para chorarem pela morte de seus soldados mas nunca comentam os civis destroçados por suas tropas em território inimigo.

Publicidade


O bom mesmo de Ennis é como ele articula diálogos: por causa dessa qualidade ninguém como o irlandês fez tanto sucesso nos anos 90 (e continua mantendo o nível até hoje). Muitas de suas tramas parecem ser as mesmas, mas a maneira como ele lida com cada personagem, com falas que atingem diretamente o público atualizado e globalizado, realmente faz a diferença em suas histórias.


O desenhista Darrick Robertson (Transmetropolitan) não deixa por menos. O clima cínico sugerido por Ennis e todo mau-humor de Fury fica evidente em sua arte. Mas o ponto alto de sua narrativa é a amálgama de dois mundos até então muito distintos para os marvelmaníacos. Robertson consegue fazer uma história com cara de super-heróis mas com elementos fundamentais para os leitores adultos. Exemplo disso está na caracterização dos personagens. O autor não desconsidera o universo já bastante conhecido dos antigos leitores e introduz referências visuais menos exageradas e mais reais. A capa ficou por conta de Bill Sienkiewicz (Moby Dick, com uma bela pintura.

Publicidade


Bom, se você quer ver realmente porquê Fury é um dos personagens mais durões do universo Marvel e está preparado para ver um mundo não tão bonitinho, com certeza não pode deixar de conferir Fury, que está disponível em Paladinos Marvel #8, pela Panini Comics.


Paladinos Marvel #8- Diversos autores. Fury por Garth Ennis; Darrick Robertson/Jimmy Palmioti. Edição nacional pela editora Panini Comics/Marvel Comics. 100 pgs. a R$ 6,90.

Música+Quadrinhos: International Noise Conspiracy+Fury


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo