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Brasil dá adeus ao mais brasileiro dos quadrinistas

15 ago 2002 às 10:59
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Juntamente com outros grandes nomes do quadrinho nacional - como Julio Shimamoto, Álvaro de Moya, Edgard Guimarães, Sônia Bibe Luyten, só pra citar alguns -, Flávio Colin realizou um trabalho singular e extremamente importante para a difusão e o desenvolvimento dos quadrinhos em território nacional.

Flávio Barbosa Mavignier Colin morreu aos 72 anos no último dia 13 de agosto, vítima de um enfizema pulmonar.

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O autor começou sua carreira logo aos 20 anos, na extinta editora RGE - Rio Gráfica Editora e, ainda na década de 50 (quando o quadrinho brasileiro engatinhava), chegou a produzir a versão em HQs do seriado Vigilante Rodoviário, um hit da tevê na época.

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Na década de 70 teve reconhecimento do grande público ao produzir histórias de sucesso nas revistas de horror e suspense como Sobrenatural, Calafrio e Mestres do Terror. A partir dessa época, Colin passou a aprimorar ainda mais seu já bem-sucedido estilo e começou a definí-lo em algo mais "brasileiro", semelhante às ilustrações de literatura de cordel. Suas ilustrações e a narrativa eram bastante peculiares pela forma como privilegiava as ações de forma complexa mas com desenhos simples e bem executados.

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Em seus últimos anos, Colin dedicou-se à fazer trabalhos históricos, como A Guerra dos Farrapos, A História de Curitiba e Fawcett, com o qual ganhou o prêmio Agostini de melhor desenhista de 2000. Especialmente nestes trabalhos, Colin se destacou pelo trabalho de pesquisa na construção de cenários, figurinos e estruturas para histórias de época.


Lembro-me bem, que em um dos grupos de trabalho de quadrinhos de um congresso de comunicação (especificamente o Intercom) cheguei a discutir entre colegas, palestrantes, quadrinistas - entre eles, Edgar Franco, Gazy Andrauss e Flávio Calazans - qual seria o estilo brasileiro de fazer quadrinhos.


Na ocasião, lembrei que os norte-americanos, os europeus e os japoneses tinham um estilo bem definido. Nenhum de nós chegou a um consenso sobre o que poderia definir a HQ brasileira. Mas confesso que a primeira coisa que me veio em mente foram os trabalhos de Flávio Colin.

E, com certeza, Colin vai deixar saudades.


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