Ter vida longa não é propriamente uma dádiva divina mas a necessidade de tempo para completarmos tarefas ou resgatar débitos de vidas passadas (ou atuais), o que não deixa de ser uma oportunidade concedida. Da mesma forma, mortes consideradas prematuras não devem ser razão para inconformismo e até revolta ante ``essas coisas incompreensíveis´´ que Deus permite.
É comum questionar porque delinquentes às vezes vivem muito, e pessoas boas, crianças e jovens, vão-se mais cedo. Ocorre que estes podem já ter cumprido a etapa que lhes cabia na presente passagem terrena. A dor da separação pode ser um carma apenas dos familiares, e os que vêm e partem em tenra idade podem estar se doando por espontânea vontade nesse processo. Fazem a sua parte e vão embora.
Nossa essência primordial (diz-se a alma) é preexistente, e, antes de aportarmos aqui celebramos acordos. Primeiro com a mãe, que viria antes e aguardaria para nos abrigar em seu ventre. É portanto uma desinformação certos filhos rebeldes dizerem aos pais que não pediram para nascer.
E há os casos de pais (ou quem irá cuidar dos que nascem) que encontram por esse meio a fórmula de servir ou quitar dívidas passadas. Ou podem ocorrer parcerias para missões especiais, independentes de carma. (Carmas são os fardos que vamos juntando).
Mesmo os tiranos têm uma missão, e esta é a questão menos compreendida, mas a prepotência deles é uma provação para nós. Seres das esferas mais altas têm encarnado neste planeta por voluntária decisão e aqui exercem variadas funções, em benefício da humanidade.
Muitas coisas desagradáveis acontecem para nos testar, e, por meio delas, fazermos mudanças. Mesmo uma tragédia traz no seu bojo indicativos de prevenção.
Perder a fortuna pode ser um salto de qualidade para evitar coisas piores (que nem sempre saberemos quais), ou para abreviar caminhos e nos fazer melhores. Evoluir é alcançar o entendimento dessas coisas.
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