Quando desejamos ardentemente uma coisa não devemos usar o verbo no futuro, como ``ainda terei´´, mas no presente, como ``já tenho´´, e acreditar que aquilo que queremos já existe e está chegando. O verbo no futuro é como o aviso permanente do ``fiado só amanhã´´ do botequim. E também não se deve empregar o verbo no condicional, como o usual ``se Deus quiser´´, porque é certo que Deus quer, mas o ``se´´ antepõe uma dependência. Se eu quero uma coisa com convicção, eu a tenho, pois ela já está criada na minha mente e registrada na mente do universo.
Se dizemos que ``aquele é um fracassado´´, robustecemos nele essa condição. A palavra tem poder criador, no sentido do bem e do mal. Porque a ela se segue uma corrente de pensamento e sentimento na mesma frequência. Não é bom pronunciar coisas tão frequentes como ``fulano é muito doente´´, ``beltrano é um alcoólatra´´, e assim com outros defeitos das pessoas, porque como isso reforçamos tais realidades. Melhor é o silêncio e mentalizar a cura e o bem-estar deles.
Se vivemos dizendo que a vida é dura, ela tenderá a ser dura; se afirmamos que o dinheiro é difícil de ganhar, o poder dessa afirmação o fará difícil. Mas também não podemos declarar que é fácil se o pensamento continuar ligado no contrário. A fé deve acompanhar as palavras. No futebol, se os jogadores declaram que a partida vai ser dura, ela assim será. Mas se pensarem que será fácil e jogarem com a crença inabalável na vitória e com empenho, a chance de um resultado positivo será grande. Se o adversário fizer o mesmo, vencerá o de convicção mais forte, ou no mínimo será um belo jogo...
Todos sabem que Pelé, antes de cada partida, cobria os olhos com a toalha, no vestiário, e vislumbrava os gols que ele e a equipe iriam fazer. Os resultados disso não é preciso dizer. O tenista Guga fazia o mesmo. O pensamento afirmativo tem de ser constante, sem vacilações. O universo faz a exata leitura do que pensamos, sentimos e dizemos, e responde no mesmo diapasão.