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PELA PROGRESSÃO INCESSANTE

05 abr 2012 às 22:01
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Na ceia que antecedeu sua morte Jesus disse aos apóstolos que tinha muito ainda por esclarecer, embora soubesse que eles não iriam entende-lo, como até então só haviam entendido muito pouco de sua ministração. ``Não temais, porque irei guiá-los para toda a verdade ao passardes pelas muitas moradas´´ - afiançou-lhes.

Demonstrava aí que havia um caminho evolucionário a ser seguido, por eles e por todos nós, aqui e depois desta vida. Falou de possessões mas nunca de inferno, porque inexistente. Deixou claro que a nossa transcendência para outro plano ``não é um descanso e sim uma progressão incessante´´.

Nos momentos que precederam a sua prisão, e já ciente de que a hora havia chegado, Jesus não desejou valer-se dos seus poderes em benefício pessoal ou para defender-se dos inimigos, que eram poderosos. Nesse momento crucial, hostes celestiais estavam ali presentes, sob o comando de Gabriel, mas haviam sido prevenidas a não intervir, a menos que para isso Jesus lhes desse ordem. Mas tal não aconteceu.

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Revelava-se aí o aspecto divino e a submissão do Mestre, mas a tristeza que também o acometia revelava sua condição carnal. A dor era não pela prisão e a morte iminente, mas por deixar seus amados apóstolos, pelo episódio de Judas e pela incompreensão da família, que praticamente o abandonou quando ele deixara o lar.

Ao entregar-se à vida terrena Jesus queria experienciar a vivência humana, pregar o Reino e assim concluir a graduação que lhe faltava para a missão que teria, na continuidade, em seu universo regional de origem. Sua morte violenta não significou salvação para ninguém, apesar da crença equivocada que se disseminou.

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Jesus não viera salvar, mas, pelas palavras e exemplos, indicar o caminho da salvação, demonstrando que o que salva é a consciência da filiação ao Pai e a vivência dessa condição, a fé genuina e inquebrantável e o mais elevado grau de amor fraternal.


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