Caminhos de ascensão

MOTIVAM, MAS POUCO CONSCIENTIZAM

26 fev 2010 às 19:20

Certas corporações religiosas, com suas terapias de massa, motivam mas pouco conscientizam. E assim, com raras exceções, os fiéis mantêm-se no obscurantismo e não evoluem espiritualmente. Convertem-se em ferrenhos e sistemáticos religiosos, apegados a idéias de pecado e castigos divinos, sem conscientizar-se de que são seres de luz, originários da luz e atraídos para a luz.

Alguns têm grande fé na cura de suas doenças, e em muitos casos restabelecem a saúde, imaginando que se trata de uma graça divina quando na verdade foi uma emanação de seu próprio poder - que é, isto sim, uma dádiva de Deus. (E por Deus, cada qual que o conceba como desejar, sabendo-se que não é um ser mas a suprema inteligência que abarca todas as coisas ''do Céu e da Terra'' e que, no conjunto, o compõem).


Essa dádiva é um atributo natural, porque o homem e tudo o que é e existe são centelhas dessa sabedoria una que denominamos Deus. É contraditório que tais doutrinas incitem os fiéis à fé mas quando alguém transcende os limites que lhes foram estabelecidos e alcançam conexões com níveis superiores da consciência (resultado da fé no próprio poder), aí o acusam de supostas ligações com forças maléficas.


Tenho escrito que certas religiões dominantes são responsáveis pelo retardo no avanço espiritual da humanidade, porque estribadas em ensinamentos equivocados, sem atribuir origem divina ao homem. Preferem amedrontá-lo com acenos de castigo em fogo ardentes, arrogando-se detentoras do poder de salvá-lo.


Dessa forma, os devotos não pensam por si mesmos e sim pelo que seus doutrinadores dizem e lhes ensinam. Inoculados por esse estigma de temor, atrelam-se a esses comandos, chegando a pensar que é uma heresia pensaram por sua própria conta e fazerem questionamentos.


Certo é que certas doutrinas nunca compreenderam a razão da presença do homem na Terra e o impregnaram de idéias de limitação. Assim o afundaram em sua condição temporal - e se é verdade que a vivência na fisicalidade é temporária, a essência é divinal, e é aí que reside a verdadeira realidade de cada ser.


As instituições religiosas dominantes do Ocidente, e também algumas do Oriente, não admitem o princípio das vidas carnais sucessivas de que se vale o espírito na caminhada da ascensão. Assim, não conseguem explicar aos seus fiéis porque certas coisas acontecem. Essas dúvidas resultam em inconformismos, por desconhecimento desse princípio da lei do carma; em depressão, ira, incompreensão ante certos acontecimentos; em revolta e conflito.


Falam da vida eterna mas negam a anterioridade do espírito, que é preexistente a todas as muitas vidas físicas em que encarna e reencarna. Admitem que a vida é eterna - e assim é - mas dão ao espírito uma data de nascimento - ou seja, quando nasce uma vestimenta carnal abrigando-o.


É que, se aceitam a anterioriedade, essas doutrinas teriam de admitir que o espírito de cada ser terreno preexiste, e isto implicaria em aceitar que o mesmo espírito experimenta sucessivas vidas corpóreas, aqui e em outros pontos da ''casa do Pai de muitas moradas''.


O princípio das vidas passadas - enquanto os seres ainda se encontram na fase de ascensão - não é uma teoria mas uma comprovação. Inclusive Jesus fala desse processo em suas mensagens atuais.


Essas religiões não conseguiram demover das crenças arraigadas e equivocadas os seus adeptos - bem intencionados mas nada dispostos a buscar um pouco além - por isso, por idêntico desconhecimento, os mantém no obscurantismo acerca de verdades fundamentais.


Muitas lideranças religiosas e seus seguidores têm chegado ainda trôpegos a este milênio, sem muito entender porque estão aqui - e também não dão alento a eventuais indagações, para que não os acusem de estar se envolvendo com forças malignas.

Há, sim, os muitos casos em que essas forças atuam. Mas todas as dúvidas se dissipam quando cada indivíduo abre as portas do seu santuário interior e ouve o sussurro de seu Cristo pessoal. Porque ali estão todas as respostas. É o Reino dentro de nós, como o Mestre nazareno nos ensinou.


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