Os homens que cometem atos condenáveis têm ao menos a serventia da advertência, para que fiquemos atentos, revelando ademais um modelo que não se deve seguir.
Mas, pela existência deles, não podemos ser radicais imaginando que o mundo não tem conserto. Porque, neste momento, há mais pessoas na face da Terra trabalhando e criando algo em benefício da humanidade e vivendo decentemente do que os que estão praticando o mal.
Acontece que os veículos de comunicação ressaltam muito os delitos e as tragédias humanas, e então esses fatos, violentos que sejam, se apresentam ainda maiores. Como escreveu certa vez um proeminente articulista, uma floresta cresce em silêncio, mas quando uma árvore cai faz grande estrondo.
Sim, jornais, revistas, rádios, televisões e infovias também divulgam as coisas boas, mas é certo que o mal ainda chama a atenção de grande número de pessoas, e as desgraças fascinam a muitos.
As notícias desagradáveis ganham maior dimensão quando mostradas nas páginas impressas e nas telas, com as imagens em novimento e muitas vezes ao vivo.
Mas a realidade do mundo não é, plenamente, isto que vemos no noticiário e sim apenas um aspecto do lado sombrio da vida neste mundo tridimensional.
No seio da comunidade humana há uma superlativa maioria silenciosa que todos os dias produz coisas para o bem comum, pesquisa, descobre, inventa, cria e recria fórmulas de vida melhor. E são muitos os que se recusam a partilhar da corrente dos predadores e dos que cometem maldades.
Em meio às inquietudes sociais há homens e mulheres edificantes ou apenas levando uma vida normal e rotineira, sem grandes saltos, mas assim mesmo em harmonia consigo mesmos e com os circunstantes.
Outros mais, alcançaram graus ainda mais altos e descobriram que há sabedoria em tudo que existe debaixo do sol e além das estrelas, e, por onde andam, vão semeando amor e esperanças.