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COMEÇAR POR NÓS

12 nov 2011 às 12:45
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Não se pode melhorar os sistemas se não nos melhorarmos primeiro como pessoas. Também não se melhorará os governantes sem antes melhorar a sociedade, porque eles são substratos do meio social.
Da mesma forma, não será apenas a educação (no sentido escolar) que produzirá pessoas melhores, mas uma sociedade melhor é que engendrará um melhor sistema educacional. São homens formados nas universidades que arquitetam as competições demolidoras e as guerras.
O homem, que é a partícula da estrutura social, não se tornará melhor por nenhum fator externo e sim a partir dele mesmo.
Ocorre que a violência está instalada nas mentes humanas, bastando que se acenda um estopim para produzir-se uma explosão.
As religiões, igualmente, não são um caminho seguro para se alcançar a paz da humanidade, porque foi o fundamentalismo religioso, ao longo da história, o responsável por grandes morticínios.
Adquirir conhecimentos é necessário para desenvolver tecnologias e sistemas que façam o mundo mais leve e mais fácil de se viver, mas tudo isso não basta sem uma paralela elevação consciencial.
Nem a escola, nem a igreja e nem a família (em princípio os três pilares que se acreditava serem os formadores de um indivíduo sábio e solidário) conseguiram alcançar esse objetivo.
Não se nega que um ou outro daqueles sustentáculos podem gerar despertamentos, mas, pelo que se constata, tal contribuiu muito pouco para a formação da humanidade ideal.
Quando falo de desenvolvimento espiritual como fórmula, quero dizer o ser humano saber-se integrado, aberto à cosmovisão e cônscio de que tem uma missão superior neste planeta, acima de ganâncias, competições predadoras e toda sorte de disputas, que infalivelmente levam a grandes inimizades e às guerras.
Sem aquele nível de entendimento continuaremos nos digladiando e nos matando por migalhas. Porque, se devemos valorizar os bens terrenos, que são dádivas divinas, não podemos nos devorar uns aos outros por causa deles.
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