Aborto não é apenas a eliminação de uma vida fisiológica prestes a se formar, mas o impedimento da encarnação de uma alma. Que assim é forçada a retardar sua marcha evolutiva e a esperar outra oportunidade, que pode ser de longa espera e angústia.
Sem o corpo que a revestiria e que já estava se formando no útero materno, ela tem de retornar à origem, pois é preexistente, eis que a mãe não cria uma alma. Este é um atributo de Deus.
Antes de aqui aportar, a futura mãe se disponibilizara a hospedar um determinado ser em seu ventre, por carma ou afinidade, mas ao chegar e envolver-se na densidade terrena esqueceu-se da promessa e eventualmente optou pelo aborto. (O esquecimento é para que se opere o mérito de tudo que nos acontece aqui).
A gravidez é uma fórmula da misericórdia divina para operar-se a evolução do ser/essência que se instala num corpo físico e também dos pais. Pode ocorrer como provação e em circunstância adversa, incluindo o estupro. Ainda assim, independente de leis humanas, isto não justifica o aborto. Justamente aí pode residir a grande prova, porque este planeta é também um campo de resgates e purificação.
É irrelevante questionar quando começa a vida física: se na fecundação ou em que fase da gravidez, porque a vida já existe perene na alma que chega e teve início quando Deus criou todas as coisas. No sagrado cálice da mãe só se forma o corpo físico.
O aborto pela rejeição egoísta é um delito pela lei dos homens e pela lei de Deus. Não tem a ver com religião e sim com a vida em sua dimensão cósmica. É um débito e uma nódoa no registro cármico de quem o faz por aquela forma, do agente que o executa e de quem o prega. Uma gravidez é uma dádiva e (salvo os casos graves de risco) deve ser levada adiante.
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