Caminhos de ascensão

A MAGIA NUM GRÃO DE TRIGO

25 ago 2012 às 11:26
Um único grão de trigo pode gerar um trigal, porque as sementes da planta que dele germinam podem
transformar-se em milhões de outras, e assim sucessivamente. Nesse grão existem, em potencial, trigais
que podem cobrir os espaços de quintilhões de planetas. Se abrimos o grão não encontramos o trigal, mas
ele está lá. Quem criou essa magia? Uma inteligência superior, indecifrável pelo alcance humano mas que
em nosso entendimento denominamos Deus.
São muitos os ateus, mas eles não conseguem explicar a natureza de si mesmos e o mistério da criação
do Universo e da vida pulsante em todas as coisas. A começar do mecanismo - aparentemente simples mas
tão complexo - que rege o corpo humano e o faz raciocionar, discernir, mover-se e criar. Como imaginar que
de um ramo de roseira fincado à terra se manifeste o milagre de uma rosa? Se abrimos o ramo, não
encontramos rosa nenhuma, mas há muitas delas ali dentro. Como explicar essa magia? Um fenômeno
genético, muitos dirão, mas não decifram quem teria engendrado essa usinagem genética. Não é algo
surgido do acaso. Mesmo o acaso não ocorreria sem que houvesse por trás dele uma inteligência sábia.
O psicólogo Carl Jung sustentava que Deus é criação da mente humana e que, por isso, estava alojado
dentro do homem. Não como uma centelha divina - deduz-se de seu entender - mas como uma ideia, uma
crença, um arquétipo. Nessa linha de raciocínio ele cunhou a célebre frase: "Eu não acredito em Deus, mas
ele existe"... Porque, no entendimento dele, o homem o faz existir na própria imaginação. Mas, perguntamos:
Quem criou esse homem dotado de consciência capaz de sentir Deus dentro de si e que, em conjunto,
forma o inconsciente coletivo, de que falava Jung?
Encerramos em nós a natureza de Deus e penso que, à semelhança do grão de trigo, nossas células
guardam a síntese do Universo e que somos um repositório de sementes planetárias e estelares, capazes
de gerar outros tantos universos se o Supremo Criador delas necessitar.

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