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Verba do FGTS para MCMV está no limite em 3 regiões e governo estuda liberar mais R$ 20 bi

Lucas Marchesini - Folhapress
11 jul 2023 às 10:31
- Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O orçamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para a habitação social pode se esgotar já em agosto no Sul, Sudeste e Centro-Oeste se os desembolsos para essas regiões continuarem no mesmo ritmo de maio.


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A estimativa é conservadora porque a expectativa é que os valores mensais pagos pelo FGTS se acelerem, já que em julho entrou em vigor o novo teto para imóveis do MCMV (Minha Casa Minha Vida) --que passou de R$ 264 mil para R$ 350 mil.

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Com isso, o mercado disponível para a aplicação dos recursos destinados à habitação social cresceu significativamente.

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Para impedir a paralisação do programa, que é uma das prioridades do presidente Lula (PT), o governo federal deve aumentar os recursos destinados para a habitação social em mais de R$ 20 bilhões, passando de R$ 61,4 bilhões para uma cifra que se aproxima dos R$ 90 bilhões.


A expectativa é de que a suplementação do orçamento do FGTS ocorra ainda em julho na reunião do Conselho Curador do FGTS.

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Os recursos virão do próprio fundo, que, de acordo com os envolvidos na discussão, tem reservas suficientes para fazer o aumento sem arriscar sua saúde financeira. O valor exato da suplementação ainda está em discussão no governo.


O orçamento do FGTS para habitação social é regionalizado e a situação é particularmente crítica no Sul. A região tem R$ 7,2 bilhões destinados ao setor em 2023, dos quais R$ 5,4 bilhões já tinham sido usados até maio.

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Somente em maio, foram contratados R$ 1,1 bilhão. Assim, mantendo o ritmo, os recursos acabarão no início de agosto.


O Sudeste vem em seguida, com um orçamento de R$ 28,5 bilhões dos quais R$ 18,8 bilhões já foram realizados. Os R$ 9,7 bilhões restantes correspondem a pouco mais de três vezes o que foi contratado em maio (R$ 3,8 bilhões).

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No Centro-Oeste, os recursos disponíveis de R$ 1,8 bilhão podem acabar em meados de setembro se não houver suplementação.


O Nordeste e principalmente o Norte têm mais folga em seus respectivos orçamentos, mas ao menos para o Nordeste isso pode mudar a partir do aumento do teto do preço de imóveis financiados pelo FGTS no MCMV.

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Mantendo o ritmo de maio, o Nordeste teria quase exatamente o suficiente para fechar o ano sem precisar de suplementação.


A contratação nas duas regiões costuma ser mais lenta devido à menor renda média da população e à menor formalização no mercado de trabalho. Os dois fatores são importantes na hora de se obter um financiamento imobiliário.

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A próxima reunião do Conselho Curador do FGTS está prevista para acontecer em 25 de julho e nela o martelo será batido.


Essa será a segunda reunião do grupo desde o início do ano. O calendário original previa reuniões em março e maio, mas elas não ocorreram diante da demora do governo federal em nomear seus representantes no colegiado, o que só ocorreu em 19 de maio.


A demora teve a ver, em parte, com a demora no governo em montar os segundos e terceiros escalões dos ministérios. O Conselho Curador tem representantes da Casa Civil, das Cidades, da Fazenda e da Gestão, além de indicados por entidades patronais e centrais sindicais.


A necessidade de suplementação dos recursos pode ser ainda maior se avançarem os estudos para que os financiamentos destinados à moradia social possam ser destinados a quem ganha até R$ 12 mil, como quer o presidente Lula. Hoje, o teto é de R$ 8 mil.


Nesse caso, o programa subiria novamente o teto do valor do imóvel passível de ser financiado para R$ 500 mil.


Isso porque integrantes do governo avaliam que, ao aumentar o limite de renda das famílias no programa para até R$ 12 mil, é necessário também adaptar o teto do valor do imóvel.


Ainda não há previsão para o governo anunciar o modelo do Minha Casa, Minha Vida para a classe média, prometido por Lula, o que depende dos cálculos do Ministério das Cidades a respeito da saúde financeira do FGTS.


Ajustes na renda do beneficiário e do valor do imóvel podem ser feitos por atos do Ministério das Cidades, sem a necessidade de votação no Congresso.


Segundo pessoas envolvidas nas discussões, uma opção é que a elevação do teto do imóvel possa ser temporária. Isso porque o setor imobiliário está sofrendo para conseguir atender o segmento de classe média por conta da Selic alta, que encarece o financiamento com os bancos e afugenta essa parcela dos clientes.


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