Nos espaços de lazer de uma casa, a piscina reina como absoluta protagonista. Com o verão chegando, é impossível resistir ao prazer de se refrescar na água e ganhar uma corzinha. A boa notícia é que para desfrutar desse ambiente não é preciso esperar os dias quentes e ensolarados. Se depender da tecnologia disponível no mercado, a piscina pode ser aproveitada o ano todo, até mesmo à noite.
A tendência hoje, na opinião da engenheira civil da Cia das Águas, Leila Bargas, é construir piscinas com lâmpadas LED (que mudam de cor) e equipamentos de aquecimento solar, além de spas integrados. ''Muitos projetos hoje são previstos com aquecimento solar. Mesmo nos casos em que a instalação não é feita junto da construção da piscina há interesse para que seja implantado futuramente'', conta.
Destaque para as pastilhas da linha Vidro Cristal, Pastilhart. Com cantos arredondados, elas não cortam, além de produzir efeito tridimensional. As peças são compostas de vidro, material capaz de resistir ao uso de produtos abrasivos.
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Entre as opções de revestimento para as paredes internas da piscina, a especialista explica que existem os materiais feitos em fibra, vinil e pastilhas. A escolha pela piscina de fibra, segundo Leila, apresenta a vantagem de ser uma alternativa econômica e de rápida instalação (leva de 3 a 4 dias), porém os formatos são limitados.
As piscinas de vinil, explica a profissional, têm um custo intermediário se comparadas às de concreto com pastilhas e as de fibra. Os formatos são variáveis assim como as estampas impressas no vinil. A desvantagem é que o revestimento exige alguns cuidados extras com seu uso e manutenção. ''Pode acontecer de furar o vinil. Além disso o bolsão deve ser trocado a cada 8 anos ou mais'', avisa.
A piscina de alvenaria recebeu pastilhas de porcelana. A borda e a área da prainha foram revestidas de mármore travertino. Na parte seca foi aplicado concreto atérmico. O projeto tem assinatura dos arquitetos Ricardo Grangera, Luciana Regnier e Luciano Bachete, com equipamentos da Cia das Águas.
A arquiteta Alice Prandini explica que as piscinas de vinil são construídas com estrutura de alvenaria. O revestimento funciona como uma capa de plástico, por isso que nesses casos não é necessário fazer a impermeabilização das paredes. De acordo com a assessoria de imprensa da fabricante Sibrape, o vinil tem espessura média de 0,6 milímetros.
A mais cara e sofisticada é a piscina de concreto revestida de pastilhas. ''Com esta estrutura é possível trabalhar qualquer formato, e a vida útil é muito maior que as outras opções. Existem vários tipos de revestimentos para serem aplicados. Os mais utilizados são as pastilhas de cerâmica e vidro'', explica a engenheira.
Com vista para a Serra do Mar, a piscina projetada para uma residência em Morretes, no Paraná, possui dimensão aproximada de 10 m x 6 m. As pastilhas são de vidro azul escuro Colormix, com projeto da arquiteta Daniela Barranco Omairi.
Manutenção
Uma piscina padrão, de 4m x 8m, de acordo com a especialista tem custo mensal de R$ 150 com a compra dos produtos, além de mais R$ 150 que serão gastos com o profissional que cuidará da limpeza. ''É interessante ter uma pessoa treinada e capacitada para garantir a melhor utilização dos produtos e equipamentos filtrantes. Em Londrina existe a Associação de Tratadores de Piscinas'', indica.
Para quem se preocupa com o meio ambiente, a engenheira avisa que não existe a necessidade de esvaziar a piscina para trocar toda a água. ''Estudos indicam que a água da piscina é totalmente trocada a cada 18 meses por meio dos processos de evaporação e filtragem, que jogam um pouca da água fora''.
Show de luzes e cores
Na piscina do Parque Balneário Hotel, em Santos, no litoral paulista, foi aplicado um sistema de fibras óticas pontuais multifios, que conduzem a luz de uma lâmpada de 150 W para os spots. É possível ter uma variação de até 8 cores. (Execução da Fasa Fibra Ótica)
Um sistema inovador criado para iluminar piscinas utiliza a fibra ótica como principal componente. Com apenas uma lâmpada é possível mudar a cor de uma piscina de médio porte, com a vantagem de que a energia elétrica não será conduzida para a água. De acordo com o diretor de marketing da Fasa Fibra Ótica, Wilson Sallouti, o sistema é composto por três componentes, no qual apenas o primeiro deles - uma fonte de iluminação - é alimentado eletricamente. ''Esta fonte fica sempre situada fora da água (normalmente na casa de bombas). É a parte do equipamento que gera a energia luminosa, que por sua vez será conduzida pelos cabos de fibra ótica até a outra extremidade onde estão os spots subaquáticos fixados na parede lateral da piscina'', explica.
A instalação, segundo Sallouti, pode ser feita de forma rápida, especialmente nos casos em que se prevê a infraestrutura necessária na obra. Os cabos de fibra ótica passam pela tubulação convencional desde o local da fonte de iluminação até cada um dos spots.
A economia de energia elétrica é outra característica desse sistema. De acordo com o especialista, é possível iluminar até 11 spots com uma lâmpada de 150W. ''Esta configuração seria suficiente para iluminar, por exemplo, uma piscina de revestimento claro com dimensões aproximadas de 22 m X 8 m''. ressalta.
Solução ecológica
O piso em ecoblock pode ser encontrado em diferentes tonalidades. O material é resistente a impactos.
Uma alternativa à madeira para compor decks de piscinas é o material chamado de ecoblock, um composto de plásticos e fibras. A superfície lembra o aspecto da madeira e possui textura ligeiramente áspera, o suficiente para evitar acidentes.
Como o composto é sintético, não exige manutenção nem tratamento contra cupins. É preciso evitar apenas o uso de produtos químicos abrasivos, de acordo com a Blue Pool, distribuidor em Londrina.
*Fotos por: César Augusto, Celso Pacheco, Alain Brugier e divulgação.