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Combate ao mosquito

Prevenção contra dengue deve ser mantida mesmo com a chegada do inverno

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
17 jul 2020 às 16:52
- Divulgação
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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, a população também precisa intensificar os cuidados em relação à outra grave e mortal doença – a dengue. Como o Paraná, Ibiporã vive a pior epidemia de dengue de sua história. Segundo boletim divulgado pelo Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, no período de 28 de julho de 2019 a 30 de junho de 2020, foram notificados 7.483 casos, sendo 4.687 positivos, 2.534 descartados e 262 ainda não foram encerrados.

Entre os confirmados, 110 pacientes apresentaram "Dengue com sinais de alarme” e sete casos, "Dengue Grave”, sendo
que cinco evoluíram a óbito. Os pacientes tinham entre 33 e 78 anos, sendo que quatro possuíam comorbidades associadas. As mortes ocorreram entre os dias 9 de fevereiro e 9 de junho. Assim, no período 2019/2020, a incidência de casos, até o momento é de 8.948,35/100.000 habitantes, estando o município EM EPIDEMIA DE DENGUE. A circulação viral tem sido do vírus tipo 2, tendo sido identificado 31 casos.

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Também foram investigados três casos suspeitos de Chikungunya, todos já descartados. Notificado um caso suspeito de Zika Vírus, também descartado. A epidemia é confirmada depois que a cidade aponta, proporcionalmente, mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

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Quarentena e limpeza do quintal

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O inverno também é época de se combater a dengue, alerta a Secretaria de Saúde. Há uma sensação equivocada de que a doença é exclusiva dos períodos quentes do ano, e a desatenção durante os meses frios compromete o ano seguinte, tornando ainda mais difíceis a prevenção e o combate à doença.


Com o clima seco e frio ocorre naturalmente uma diminuição na população do mosquito. Este é o momento ideal para eliminação de todos os criadouros que possam conter ovos. "Como existe a recomendação para as pessoas ficarem mais tempo em casa, por conta do coronavírus, a orientação é que aconteça uma busca minuciosa nas residências, principalmente caixas d´água, calhas, pratinhos de planta, recipientes de água e alimento dos animais e material reciclável que se acumula nos quintais, para eliminação da água parada”, explica o coordenador de endemias, Aldemar Galassi.

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Medidas de prevenção e combate


Com o objetivo de reforçar as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde está aplicando, desde o final de abril, um novo inseticida, chamado Cielo-ULV, adquirido pelo Ministério da Saúde. O produto já foi aplicado em quase 80% dos bairros de Ibiporã pelos agentes de endemias, por meio da bomba costal.

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Os princípios ativos do inseticida são diferentes do Malathion, utilizado por anos, mas que passou a não fazer mais efeito. O município ainda aguarda resposta da 17ª Regional de Saúde sobre a solicitação do fumacê.


Galassi alerta que o Cielo é um reforço nas estratégias de prevenção e combate à dengue, mas não substitui a necessidade de eliminação dos criadouros do mosquito, visto que o veneno elimina apenas a forma alada do Aedes. As visitas domiciliares dos agentes de combate às endemias estão acontecendo, inclusive aos sábados das 8 às 13 horas, para tratamento e remoção dos criadouros, bloqueio de casos e orientação aos moradores. "Estamos seguindo todos os protocolos de higiene e segurança, tais como a utilização de máscaras de barreira, álcool em gel 70%, e distanciamento das pessoas”, enfatiza o coordenador de endemias.

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Força-tarefa contra a dengue


Diante do cenário preocupante da dengue no município, a Prefeitura de Ibiporã instituiu em janeiro uma força-tarefa formada por servidores das Secretarias Municipais de Agricultura e Meio Ambiente, Obras, Saúde, e Samae, para tentar barrar a proliferação do Aedes aegypti.

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A força-tarefa atua de forma preventiva, fiscalizadora e repressiva, indicando as providências que devem ser adotadas pelos órgãos públicos ou particulares para eliminar possíveis focos de proliferação do mosquito. Uma das medidas foi a publicação de um decreto para regulamentar as sanções para pessoas que dificultarem o combate a eliminação do vetor. "Nos estabelecimentos de maior complexidade ou acúmulo de materiais criadouros de mosquito, o proprietário do imóvel em questão é notificado para que, em até 72 horas, providencie as ações necessárias para eliminar os focos e, em caso de descumprimento, será punido com multa no valor de R$ 70,00 a R$ 350,00, exigida em dobro na reincidência, nos termos do artigo 16, da lei Municipal nº. 2.206 de 10 de setembro de 2008” (Código de Posturas do Município de Ibiporã)”, determina o decreto nº10, de 17 de janeiro de 2020.


De acordo com a Secretaria de Saúde, nenhuma multa foi aplicada até o momento, pois os notificados providenciaram a eliminação dos focos do mosquito em seus imóveis.

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Em breve, a Prefeitura retomará o "Bota Fora”, programa da Secretaria Municipal de Obras que recolhe materiais sem serventia, tais como móveis, eletrodomésticos, material reciclável e entulhos em pequenas quantidades. A ação foi suspensa por conta da pandemia de Covid-19. O governo municipal solicita que os moradores não descartem esses materiais nas calçadas, canteiros e espaços irregulares.


Denúncias de mato alto e locais com focos do mosquito Aedes aegypti devem ser feitas pelo telefone 156.



Saiba quais são os sintomas da dengue


A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que aos primeiros sintomas de dengue (febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição), e Chikungunya (febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas) a pessoa se dirija à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos.


Normalmente, os sinais de alarme ocorrem entre o terceiro e quinto dia, esse é o chamado período crítico para dengue. Tratado com hidratação e medicação sintomática corretamente, a maioria dos casos evolui para cura.



Previna-se!


Garrafas PET e de vidro: As garrafas devem ser embaladas e descartadas corretamente na lixeira, em local coberto ou de boca para baixo;


Lajes: Não deixe água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas;


Ralos: Tampe os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso;


Vasos sanitários: Deixe a tampa sempre fechada ou vede com plástico;


Piscinas: Mantenha a piscina sempre limpa. Use cloro para tratar a água e o filtro periodicamente;


Coletor de água da geladeira e ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado;


Calhas: Limpe e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água;


Cacos de vidros nos muros: Vede com cimento ou quebre todos os cacos que possam acumular água;


Baldes e vasos de plantas vazios: Guarde-os em local coberto, com a boca para baixo;


Plantas que acumulam água: Evite ter bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas;


Suporte de garrafão de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a troca. Mantenha vedado quando não estiver em uso;


Falhas nos rebocos: Conserte e nivele toda imperfeição em pisos e locais que possam acumular água;


Caixas de água, cisternas e poços: Mantenha-os fechados e vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria;


Tonéis e depósitos de água: Mantenha-os vedados. Os que não têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela;


Objetos que acumulam água: Coloque num saco plástico, feche bem e jogue corretamente no lixo;


Vasilhas para animais: Os potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo duas vezes por semana;


Pratinhos de vasos de plantas: Mantenha-os limpos e coloque areia até a borda;


Objetos d’água decorativos: Mantenha-os sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes, pois eles se alimentam das larvas do mosquito;


Lixo, entulho e pneus velhos: Entulho e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular água;

Lixeira dentro e fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e protegida da chuva. Feche bem o saco plástico


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