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Direito de ir e vir

Construtoras adéquam edifícios para atender aos idosos

Redação Bonde
30 out 2013 às 12:36
- Daniel Ducci/Divulgação
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A população idosa está aumentando rapidamente no Brasil. O número de pessoas que possuem dificuldade de locomoção também é alto. Para atender melhor essa parcela da população, construtoras oferecem imóveis adaptados, facilitando, assim, o deslocamento dessas pessoas

Os brasileiros estão envelhecendo. Essa constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, atualmente, cerca de 10% da população, cerca de 23 milhões de pessoas, é composta por idosos. A previsão é de que esse percentual aumente rapidamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025 o país terá 32 milhões de idosos. Dos 20,5 milhões habitantes de Minas Gerais, calcula-se que 2,6 milhões sejam idosos. O Estado é o segundo com maior número de pessoas acima de 60 anos, perde apenas para São Paulo.

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O número de pessoas que possuem alguma deficiência também cresceu e hoje já soma 24% dos brasileiros, segundo IBGE. Com tanta gente com dificuldade de movimentação é mais que necessário que haja projetos no Brasil que efetivamente contemplem a questão da acessibilidade. Enquanto isso não ocorre, empresas do setor de construção civil já pensam em alternativas para esse público.

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Para a Construtora Casa Mais, idosos e deficientes físicos merecem atenção especial desde a elaboração dos projetos dos empreendimentos. "Estamos sempre atrás de pesquisas que visam melhorias para atender às pessoas com dificuldade de locomoção. O nosso intuito é aumentar o conforto e garantir que esses cidadãos vivam melhor e com dignidade", conta o presidente da empresa Peterson Querino.

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Além de rampas de acesso, corrimão e elevadores oferecidos em quase todos os prédios, a construtora aposta em outros elementos para atrair esse perfil de cliente. "Utilizamos um piso tátil e também iluminação apropriada em todas as áreas externas, dessa forma, aumentamos a segurança e diminuímos os risco de acidentes com idosos e deficientes físicos", salienta Peterson.


A construtora acredita que seus diferenciais devem atrair pessoas que desejam viver em um local com adaptações para quem tem dificuldade em se locomover. "Quando projetamos nossos edifícios, a ideia é pensar a longo prazo e também no conforto das visitas dos moradores que adquirem um apartamento conosco. Desta forma, pensamos no bem-estar coletivo", defende.

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Exemplo


Um dos mais mais sólidos exemplos de acessibilidade e conforto voltado à terceira idade é o Hiléa, um condomínio de alto padrão que ofereceu entre 2007 e 2009 condições de moradia permanente, com serviços que iam da recreação a uma UTI de última geração. Hoje, as instalações do Hiléa abrigam o Hospital Lucy Montoro para o atendimento de pacientes com necessidade de tratamento intensivo e sequencial. O empreendimento comprado em 2010 pelo Governo do Estado de São Paulo por R$ 50 milhões.


Planejado pela Aflalo e Gasperini, o Hiléa foi pensado para ser autossuficiente. O projeto focou detalhes e cuidados para facilitar a vida de quem tem mais de 60 anos. As portas possuem vãos que possibilitam a circulação de cadeirantes. Nos cômodos também foram determinadas as chamadas áreas de manobra com 1,5 x 1,2 m, onde uma cadeira de rodas pode girar até 180º.

Interruptores, maçanetas e fechaduras têm altura compatível ao acesso dos cadeirantes. Nos banheiros há barras de apoio e o piso é antiderrapante. As rampas têm inclinação de até 8,33% e as áreas de circulação têm guarda-corpos e corrimãos para auxiliar o equilíbrio, enquanto os móveis possuem cantos arredondados e alturas e densidades adequadas a facilitar os movimentos do usuário.


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