No Brasil, os descendentes de europeus sempre foram apaixonados por vinho e muitos não dispensavam a inclusão de uma adega no projeto da casa. Nos últimos anos, no entanto, a bebida ganhou o mercado nacional e caiu no gosto dos brasileiros. Dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) apontam que mesmo com a retração da economia, o consumo da bebida no país aumentou 4,6% no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2014. E, claro, os projetos de interiores passaram a privilegiar espaços exclusivos para armazenar as garrafas.
Porém, com as moradias cada vez mais compactas, as novas adegas não estão mais escondidas em porões e áreas isoladas da casa. Elas ganharam apelo decorativo e agora estão integradas aos espaços sociais da residência, proporcionando maior comodidade aos apreciadores da bebida.
A arquiteta Estela Neto já é adepta dessa combinação. "Em um loft, utilizei um apoio de adega simples, sem climatização, conectada à área gourmet. A escolha foi ideal por se tratar de uma morada onde tudo é integrado".
Leia mais:
Leilão da Caixa tem 500 imóveis; 32 no Paraná, inclusive em Londrina
Saiba com que frequência lavar pijamas e roupas de cama
Sem recursos, Caixa reduz crédito para o financiamento de imóveis de até R$ 1,5 milhão
Especialista dá dicas para fugir de fraudes na compra e venda online de imóveis
Assim como Estela, a arquiteta Isabela Canaan também opta por trabalhar com a adega integrada aos espaços sociais. Em um projeto, a profissional apostou nessa combinação na sala de jantar. "A adega remete aos prazeres de comer e beber bem. Sua localização próxima à sala de jantar aguça os sentidos", enfatiza.
No projeto de Isabela Canaan a adega foi integrada à sala de jantar
Quem também lança mão desse recurso em seus projetos é a designer de interiores Laura Santos. "Com a integração da adega, a sala de jantar, se transformou também em um estar, onde pessoas podem degustar o vinho e fazer suas refeições, além de confraternizarem", salienta.
Para arrematar o projeto a profissional utilizou a automação. "Há quatro formas de setorizar a adega: por país, tipo de uva, safra ou tipo de vinho. Nesse caso, a adega é toda iluminada e quando a pessoa escolhe uma dessas quatro opções, ela se acende e todas as outras se apagam, tornando mais fácil e rápida a escolha", explica Laura.
Automatizada, a adega projetada pela designer Laura Santos facilita a escolha da bebida pelo morador
Antes de apostar nessa charmosa e funcional solução, no entanto, é preciso ficar atento a alguns cuidados. "Deve-se escolher um bom climatizador, o volume correto de garrafas para definir a quantidade de nichos, como eles serão e fazer um projeto de iluminação eficiente e com baixa emissão de calor", aconselha Isabela.
E há ainda outro fator importante: "A primeira coisa que deve haver é uma boa conversa entre cliente e profissional para que as demandas sejam compreendidas e, assim, o projeto possa atender as reais necessidades e desejos dos moradores", encerra Estela.