Instalações elétricas mal conservadas causam desperdício de energia e deixam a conta de luz mais cara no final do mês. A conclusão é do estudo "Análise de Perdas em Instalações Elétricas Residenciais", realizado como tese de mestrado na Universidade de São Paulo pelo engenheiro eletricista Ricardo Santos D´Ávila.
O estudo comprova que problemas nas instalações elétricas geram perda de energia de 1,5% a 2,5%. "Essa energia passa pelo medidor, só que não é transformada em trabalho útil, pois é gasta com aquecimento de condutores em instalações residenciais", explica o profissional.
Para um consumo de 202 kWh por mês que equivale a R$ 75,92, o desperdício, em um ano, é de 24 kWh ou, em reais, R$ 9,01. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, onde 80% das residências com mais de 20 anos estão com as instalações elétricas precárias, a soma chega em média a R$ 1,7 milhão por ano, considerando-se que a cidade tem mais de 16 mil edifícios antigos.
"A revisão das instalações elétricas deve ser feita por profissionais qualificados. Mexer nas instalações elétricas pode causar choques sérios, com risco de morte. O morador deve ficar atento a fios descascados e desencapados, tomadas penduradas, quadros de luz sem tampa e fiação exposta. Outros sinais claros de problemas são o apagar de uma luz quando se acende a outra, ou a luz não acender quando o interruptor é acionado", diz D´Ávilla.
Como detectar problemas nas instalações elétricas
Choques no chuveiro, disjuntor desarmando, oscilações na luz, equipamentos demais, tomadas de menos... Essas cenas são muito comuns em grande parte das residências e sinalizam um grave problema: instalações elétricas obsoletas ou mal dimensionadas.
Esse mal acarreta resultados graves para a população e para o patrimônio, como falta de segurança, risco de acidentes e desperdício de energia. Para evitar tudo isso, é necessário realizar verificações periódicas nas instalações elétricas, e reformas e adequações sempre que necessárias. Para saber quando está na hora de fazer a avaliação, confira abaixo as orientações de Edson Martinho, engenheiro eletricista e consultor do Programa Casa Segura:
O engenheiro Edson Martinho faz ainda dois últimos lembretes: