Apesar de registrar queda no preço, a cesta digital do brasileiro ainda é a mais cara da América Latina, revelou o "Índice Casa Digital", publicado pela Marco Consultoria.
De acordo com os dados, a cesta digital está 17% mais acessível no Brasil, sendo que agora o consumidor precisa de 7,9 salários médios em dólares para comprar produtos de imagem, som, vídeo, comunicação, TI e entretenimento para equipar sua casa. Em maio, eram necessários 9,6 salários.
O salário de comparação é de R$ 1.515, considerado a renda média do brasileiro de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), valor convertido pela consultoria para US$ 887.
"Nesta edição da pesquisa, alguns produtos tiveram uma redução de preços bastante sensível no Brasil, fazendo com que a cesta de produtos tivesse uma oscilação acentuada. São os casos dos aparelhos de blu-ray e dos netbooks, por exemplo", disse o consultor sênior da Marco Consultoria, Henrique de Campos Junior.
Valor da cesta
A cesta básica da casa digital do Brasil é a mais cara da América Latina, com um valor de US$ 7.049, seguida pela da Argentina, de US$ 6.640.
No entanto, entre os países pesquisados – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México -, o Brasil aparece como o terceiro com melhor acesso à casa digital, pois tem o salário médio mais caro da região.
"A redução do valor da cesta da casa digital reflete o aumento real do salário do brasileiro, de 6,5% no ano, além de uma constante valorização do real perante o dólar que, em conjunto, são utilizados pela maior parte das empresas de eletrônicos para definir seus preços de venda", afirmou Campos Junior.
O Chile é o país com o melhor acesso à casa digital, precisando apenas de 5,32 salários no país, seguido da Colômbia, com 7. Depois do Brasil, vem o México, com 8,1 salários, e a Argentina, com 13,4.