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Saúde animal

Cerca de 10% dos animais de estimação têm doenças oculares

Redação Bonde
08 jul 2015 às 09:45
- Reprodução
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As doenças oftalmológicas, comuns nos seres humanos, também acometem os animais de estimação. De acordo com Felipe Wouk, pós-doutor em Oftalmologia veterinária, hoje, cerca de 10% dos animais de estimação são vítimas de problemas oculares.

"As doenças oculares acabaram aumentando com o hábito de banhar os animais quase semanalmente, o que facilita agressões, contaminações e traumas nos olhos por xampu, água e calor do secador, por exemplo", explica o médico veterinário e presidente do Congresso Medvep de Especialidades Veterinárias - maior encontro de Medicina Veterinária do país, que acontecerá entre os dias 22 a 25 de julho, no Expotrade Convention Center, em Pinhais, na Grande Curitiba.

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Ulcerações corneanas, disfunções da lágrima (olho seco), glaucoma e doenças de retina são as mais comuns nos animais de estimação. As raças mais predispostas são as chamadas braquicefálicas, com focinho curto, pois, geralmente, possuem os olhos mais proeminentes, como o pug, shitzu e pequinês. "Mas, outras raças também são propensas, como o cocker, o shar-pei e poodle. Entre os gatos, o persa", conta o Felipe Wouk.

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Entre as doenças que mais causam a perda de visão nos bichos, está a catarata. "A catarata é umas das principais doenças causadoras de cegueira nos animais, sendo que afeta muito mais os cães do que os gatos. Pacientes jovens, entre 2 a 8 anos de idade, são os que mais sofrem desta enfermidade", revela. As principais causas são a hereditariedade, inflamações intraoculares causadas por doenças como diabetes e glaucoma.

Assim como nos humanos, a única forma de tratamento para a catarata animal é a cirurgia. "A técnica chamada de facoemulsificação é a mesma utilizada nos seres humanos. Após a retirada da catarata, a lente natural é substituída por uma artificial de acrílico que é feita especialmente para animais. O procedimento existe para os animais há mais de 15 anos, com resultados de sucesso em mais de 95% dos casos", conta Felipe Wouk.


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