A campanha de vacinação contra a influenza (gripe) chega à população londrinense nesta sexta-feira (4), em um posto de atendimento na ExpoLondrina, e em algumas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) no sábado (5). A partir de segunda-feira (7), as doses estarão disponíveis em todos os postos de saúde e, na feira agropecuária, até último dia do evento.
A secretária de Saúde de Londrina, Vivian Feijó, afirma que o maior desafio é aumentar a quantidade de pessoas vacinadas. A meta das autoridades da saúde é chegar a uma cobertura de 90%, mas, em Londrina, o histórico tem sido de cerca de 54% entre aproximadamente 200 mil pessoas.
Esse é um dos motivos que levou a pasta a colocar um ponto de vacinação na feira agropecuária de Londrina. “Escolhemos esta data [de início da campanha] na Expo devido ao grande movimento na cidade”, justificou durante entrevista coletiva para a imprensa nesta quinta-feira (3), acompanhada do Zé Gotinha.
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No Parque Ney Braga, o horário de funcionamento do posto de vacinação será das 14h às 22 nos dias de semana e, aos sábados e domingos, começa às 10h e termina às 22h.
Já no sábado, estarão em plantão para a campanha as unidades de saúde do bairro Maria Cecília (zona norte), Guanabara (sul), Jardim Pisa (sul), Armindo Guazi (leste), Alvorada (oeste) e do Centro, das 8h às 17h.
A partir da segunda-feira, as doses estarão disponíveis em todas as UBSs, com atendimento em horário normal, das 7h às 18h30. Porém, durante a semana, algumas unidades terão o expediente estendido até as 22h: UBS do Jardim Lindóia (segunda, 7); Jardim Pisa (terça, 8); Alvorada e Vila Brasil (quarta, 9); Parigot de Souza (quinta, 10); e Vila Casoni e Lerroville (sexta, 11) – na UBS do distrito rural, será estendido até as 19h.
Grupos prioritários
Vivian explicou que, embora a campanha de vacinação tenha começado no Estado do Paraná na terça-feira (1º), a Secretaria de Saúde de Londrina preferiu utilizar os três primeiros dias de abril para organizar a distribuição doses recebidas – a campanha nacional começa na próxima segunda-feira.
O governo do Estado enviou para a cidade 61.640 doses na primeira remessa e a previsão é que haja reposição todas as semanas.
O público-alvo desta primeira etapa são as crianças acima de seis meses de idade e com menos de seis anos, idosos, gestantes, puérperas, populações indígenas e quilombolas, pessoas em situação de rua e trabalhadores da área da saúde.
Porém, outros grupos também entram, como portadores de doenças crônicas e pessoas com deficiência física ou intelectual; professores da rede básica e superior, tanto da rede pública quanto privada; trabalhadores do transporte coletivo, aeroportuário e dos Correios; além de pessoas com IMC (índice de massa corporal) acima de 40. “Nós seguimos a norma técnica do Ministério da Saúde”, explicou a secretária.
Não é necessário agendar, mas é preciso levar um documento de identificação e um comprovante da situação que elege o paciente para o grupo prioritário – como carteira de trabalho ou holerite para professores e profissionais da saúde, ou prontuário ou receita de medicamento para portadores de doenças.
Vacinas salvam vidas
Em casos em que o indivíduo não pode se locomover até a unidade de saúde, deve-se entrar em contato com a UBS para que a vacinação seja feita em casa.
“O importante é se vacinar”, diz Vivian. Ela ressalta que a inoculação é uma forma comprovadamente eficaz para evitar a complicação da influenza, que pode evoluir para uma broncopneumonia, e levar à internação hospitalar – ou seja, a pessoa imunizada pode até contrair o vírus, mas a manifestação terá sintomas leves.
“Nossos índices de vacinação precisam ser socorridos, porque são muito baixos. Eu quero fazer um apelo para toda a população, em especial para [responsáveis pelas] crianças e os idosos, que são vulneráveis: não deixe de vacinar contra a influenza. O foco principal é diminuir complicações dessa doença viral, que podem vir a transformar em broncopneumonia, internar mais crianças e idosos e levar a um agravamento do caso, que é a septicemia e, até, o óbito.”
Vivian também faz um alerta para não politizar a imunização por vacinas, promovendo campanhas que desacreditem em sua eficácia. "Não podemos politizar algo tão importante e preventivo à saúde da população. Se você gosta da sua vida, se você gosta do seu familiar, se você aprecia a convivência em comunidade, você tem uma obrigação hoje social e consigo mesmo de defender a vacina. Precisamos resgatar o respeito à ciência e à vacina, que é a chance e a oportunidade de adoecermos menos, de melhorarmos a qualidade de vida", alerta.