A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina deve insistir na transferência da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do jardim do Sol, na avenida Leste Oeste, para as instalações do antigo Mater Dei, na área central, até que a reforma da unidade seja feita. A preferência foi revelada pela secretária Vivian Feijó na sexta-feira (7).
A UPA apresenta problemas estruturais e uma licitação para reforma foi finalizada em outubro de 2024, a um valor de R$ 1,6 milhão, mas os trabalhos não evoluíram e a empresa ganhadora desistiu da empreitada antes de iniciar as obras.
A transferência da unidade para o prédio desativado desde 2023 chegou a ser tratada no fim do governo Marcelo Belinati (PP), em 2024, mas, foi suspensa porque não houve consenso na elaboração do contrato de locação já na gestão do prefeito Tiago Amaral (PSD).
Leia mais:

Contrato de patinetes é prorrogado por 30 dias em Londrina

Militantes picham sede de sindicato com frase a favor do Carnaval em Londrina

Prefeitura de Londrina quer desativar chafariz para economizar água

Mais de 350 casas ficam sem energia após acidente próximo à avenida Rio Branco
Segundo a secretária, o prédio da Mater Dei tem estruturas que atederiam às necessidades da UPA, por já ter abrigado uma unidade de saúde. “Se houver uma possibilidade, nós daremos segmento à tratativa porque eu considero que é um prédio bem localizado, já foi uma unidade de saúde, tem rede de gases, tudo aquilo que necessita, apesar de a climatização não estar disponível em todos os espaços”, justifica.
Entretanto, haveria divergências na proposição contrato que impedem o avanço da negociação, recorda Feijó. Se não houver uma definição, ela sugere transferir a equipe doJardim do Sol para a primeira unidade de pronto atendimento que ficar pronta – três estão em fase de construção em Londrina.
A reportagem entrou em contato nesta segunda-feira (10) com a Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina) e foi informada, em nota, que "sobre a possível locação do prédio do antigo H. Mater Dei para a UPA do Jardim do Sol, o assunto foi retomado na sexta-feira passada, dia 07.03, entre a ISCAL e a Secretaria Municipal de Saúde. A diretoria da ISCAL está à disposição da Secretaria Municipal de Saúde para dar continuidade".
Reforma insuficiente
Ainda de acordo com a secretária, o projeto da reforma previsto na licitação feita em 2024 não contemplaria melhorias no ambiente, uma reclamação constante tanto dos funcionários quanto dos pacientes. Isso porque, além das rachaduras nas paredes e no piso, por exemplo, o local não é climatizado.
“Importante a gente relembrar que desde 2015, quando foi inaugurada a UPA do jardim do Sol, ela apresenta problemas grandes em relação à infraestrutura. Rachaduras na parede, no piso, afundamento no estacionamento, porque é uma área de morro ali. Não foi um problema que começou esse ano. Além de tudo isso, há um desgaste de deterioração de uso. As paredes estão descascadas, não tem bate macas, as portas, com as suas maçanetas quebradas, as janelas sem cortina, o problema de ventilação também é crônico”, elenca. Para começar a solucionar, foram disponibilizados 20 ventiladores para as áreas.
“Mas, não tem como reformar só a infraestrutura. Não adianta iniciar uma obra, suspender o atendimento da população e não atender a necessidade da equipe e dos pacientes. Troca de piso, troca de janela, pintura, acessórios de pia, não trará conforto e melhor condição de trabalho”, afirma a secretária, que admite a revisão do processo de licitação.
Atualizada às 16h15.
